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Uma frota de táxis autônomos pode chegar às ruas da capital do Reino Unido dentro de três anos depois que uma das maiores empresas de táxis de Londres fechou acordo com uma produtora de software para veículos autônomos.
A Addison Lee Group, que tem cerca de 5.000 carros em operação na cidade, fechou parceria estratégica com a produtora de software Oxbotica, anunciaram as duas empresas nesta segunda-feira. A Oxbotica foi escolhida recentemente também para guiar o futuro Mars Rover da Agência Espacial Europeia.
Andy Boland, CEO da Addison Lee, disse em comunicado que “com a introdução de serviços de direção autônoma, o transporte urbano mudará tanto nos próximos 10 anos que ficará irreconhecível”. Segundo ele, a parceria com a Oxbotica ajudaria a colocar a empresa “na vanguarda dessa mudança”.
Esta é uma das várias iniciativas voltadas à direção autônoma no Reino Unido. Neste ano, a Nissan começou a testar veículos autônomos nas ruas do país, e a Ford iniciou testes de uma tecnologia semelhante com a Jaguar Land Rover em Coventry. Enquanto isso, a startup britânica FiveAI anunciou que começará a testar um serviço de transporte compartilhado com direção autônoma nos arredores de Londres no ano que vem.
Os detalhes financeiros da parceria entre a Addison Lee e a Oxbotica não foram revelados, mas as empresas afirmaram que combinarão tecnologia, conhecimento e recursos para criar um serviço de transporte autônomo. Nenhuma delas fará uma contribuição monetária fixa ou um investimento na parceira.
“Acabaremos fechando algum tipo de acordo comercial, mas não sentimos a necessidade de ter essas discussões antes”, disse Graeme Smith, CEO da Oxbotica, em entrevista.
A Oxbotica pretende implementar veículos autônomos em conjunto com a Addison Lee em 2021, disse Smith, e o serviço seria lançado em uma área mais ampla da cidade já um ano depois. Como a legislação do Reino Unido atualmente não permite que veículos sejam operados em vias públicas sem motoristas humanos, ele disse que inicialmente os motoristas da Addison Lee estarão nos veículos para ajudar os passageiros com bagagens e para assumir o controle em caso de emergência.
A startup não fabrica carros autônomos por conta própria. A empresa cria o software de inteligência artificial que os controla, além de um software na nuvem que define as rotas ideais de frotas inteiras no trânsito.
Em todo o mundo, algumas das mais ambiciosas iniciativas de direção autônoma tiveram como alvo cidades menores e áreas suburbanas, onde as vias são mais largas e menos congestionadas. As ruas estreitas e concorridas de uma cidade como Londres são consideradas um grande desafio para essas tecnologias.
No início do mês, a Oxbotica havia anunciado que recrutou Fraser Robinson, ex-executivo sênior da Uber, para seu conselho. E em setembro a startup havia anunciado que recebeu 14 milhões de libras (US$ 18,3 milhões) em fundos de capital de risco de um grupo de investidores liderado pela seguradora Axa e composto também por IP Group e Parkwalk Advisors.
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