Greve: Salvador ficará sem ônibus a partir da próxima terça-feira (27)

Por unanimidade, motoristas e cobradores que participaram da assembleia dos rodoviários na tarde de ontem, na sede do Sindicato dos Eletricitários (Sinergia), decidiram pela greve a partir da zero hora da próxima terça-feira (27).  A medida foi tomada após oito rodadas de negociação com o patronato, sendo que as três últimas contaram com a mediação do Ministério Público do Trabalho e a Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (SRTE).
De acordo com o diretor do Sindicato dos Rodoviários, Daniel Mota, as negociações duraram cerca de dois meses, mas sem avanços por parte do Sindicato das Empresas de Transporte Público de Passageiros (Setps). “Tentamos negociar de todas as formas, sentamos com a prefeitura, com o MPT, com a Delegacia Regional do Trabalho, mas eles não colocaram nenhum número na mesa. Não há mais limite” disse.
Os rodoviários foram orientados a respeitar a legislação e só iniciar a greve após 72h do anúncio em edital. Apesar disso, no início da tarde de ontem, alguns motoristas fizeram um protesto, impedindo a saída de alguns veículos nas estações Pirajá e Mussurunga por quase uma hora.
O líder da União dos Rodoviários, Luciano Ramos, que se deslocou para a Estação Pirajá para negociar com o grupo, alegou que houve um mal-entendido com os motoristas. “Eu e os policiais conversamos com eles, foi tudo resolvido. Em Mussurunga foi a mesma coisa, foi tudo muito rápido, sem maiores problemas”, relatou. Perguntado sobre os 30% da frota, Ramos foi enfático ao afirmar que nenhum veículo vai para as ruas a partir da terça-feira.
Tanto o sindicato da categoria quanto a União dos Rodoviários ameaçaram demissão em massa, caso chegue alguma liminar para colocar os veículos nas ruas sem resolver as reivindicações.
Dentre as exigências dos motoristas e cobradores de ônibus estão aumento salarial de 15%, participação nos lucros e resultados, aumento no valor do ticket refeição para R$ 20 e redução da carga horária para 6h. Os rodoviários apresentaram proposta com 31 pontos de reivindicações.

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