Grupo Adamantina entra com pedido de recuperação judicial em São Paulo

Do PORTAL UNIBUS
Foto: Divulgação (Viação Adamantina)

O Grupo Adamantina, que atua no transporte rodoviário de passageiros, entrou com pedido de recuperação judicial na Justiça de São Paulo. A informação foi divulgada pelo portal Diário do Transporte. A solicitação foi protocolada em 20 de novembro e registrada no sistema judiciário na última sexta-feira (22).

De acordo com o pedido, ao qual o Diário do Transporte teve acesso, o Grupo Adamantina é composto por diversas empresas: Expresso Adamantina Ltda., Martins & Guimarães Transporte e Turismo Ltda., Rápido Linense Ltda., Transportes Labor Ltda., VAT – Viação Adamantina de Transportes Ltda., Januária Transportes e Turismo Ltda., M.G. Transportes – Junqueirópolis Ltda., Maria Ivoneide Nascimento Martins Ltda. e Empresa de Ônibus Romeiro Ltda. (Guimatur).

As empresas do grupo operam em estados como São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Paraná, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Bahia, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, atendendo mais de 200 destinos. De acordo com as advogadas do grupo, Raquel Guimarães Romero e Giulia Iyzuka Gullo, a crise impactou diretamente 230 empregos diretos e comprometeu as operações do grupo.

Entre os fatores apontados para a situação financeira crítica estão os impactos da pandemia de Covid-19, que reduziram significativamente o número de passageiros, e a revogação, pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), de uma concessão de linha de ônibus considerada essencial para a companhia. Segundo o pedido judicial, essa perda prejudicou ainda mais o fluxo de caixa da empresa.

As advogadas afirmam que a recuperação judicial é essencial para reestruturar dívidas e garantir a continuidade das operações do grupo, que atua no mercado há mais de 60 anos, totalizando cerca de 1,3 milhão de quilômetros percorridos por mês.

Além disso, o grupo relata problemas em terminais rodoviários, como no caso de Tupã, no interior de São Paulo, onde foi impedido de operar por atrasos no pagamento de aluguéis de guichês. No documento, as advogadas argumentam que esses valores devem ser incluídos no plano de recuperação judicial e reforçam a importância dos guichês para as atividades da empresa.

O Grupo Adamantina prometeu apresentar seu Plano de Recuperação Judicial em até 60 dias após a aprovação do pedido, como previsto pela Lei de Recuperação e Falências. A solicitação ainda está em análise pela Justiça.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.

Pular para o conteúdo