Do Estado de SP
Fotos: VisualHunt/Ilustração
A caminhabilidade diz respeito à estrutura e às facilidades que uma rua, cidade ou um bairro oferecem ao pedestre: calçadas mais largas e sem impedimentos para a passagem, boa iluminação pública e outras melhorias que tornem o percurso seguro e agradável – a inserção de canteiros e árvores é fundamental nesse aspecto.
Diversas cidades em todo o mundo já perceberam os benefícios de valorizar os pedestres e tomaram ações concretas pensando na qualidade do trajeto de seus moradores. Confira alguns casos:
Helsinque, Finlândia
A cidade é um exemplo de que, em matéria de urbanismo, os planos precisam ser pensados em longo prazo. Desde já, ela se prepara para criar uma rede de bairros mais densa e conectada, que deve tomar sua forma final por volta de 2050. A ideia é que as pessoas encontrem trabalho, comércio, lazer, serviços públicos e – é claro – moradia na mesma região, sem precisar fazer grandes deslocamentos.
Nova York, Estados Unidos
Mesmo tendo um dos trânsitos mais caóticos do mundo, a metrópole pode dar lições de valorização dos pedestres. Nos anos 2000, o então prefeito Michael Bloomberg contratou a urbanista Janette Sadik-Khan para o Departamento de Transporte. Ela focou seus projetos em diminuir o uso dos automóveis: fechou ruas para carros, reformou calçadas e praças – como a Times Square – e criou uma rede de ciclovias com mais de 500 quilômetros de extensão.
Hamburgo, Alemanha
A segunda maior cidade alemã pretende criar múltiplas áreas verdes que serão conectadas por eixos de mobilidade acessíveis a pé ou de bicicleta. Dessa maneira, os moradores poderão fazer longas caminhadas por trajetos bem agradáveis.
Zurique, Suíça
Em 1996, foi proibida a construção de estacionamentos, exceto em substituição aos já existentes. Assim, eles eram criados sempre em nível subterrâneo. Os espaços vagos na superfície foram ocupados por estruturas que tornam a cidade mais agradável aos pedestres. Zurique conseguiu que 27% dos deslocamentos passassem a ser feitos a pé.
Guangzhou, China
A administração municipal de Guangzhou, na China, reformou toda a orla do rio que corta a cidade para transformá-lo em um corredor verde com quase 100 quilômetros de extensão, conectando comércio, serviços e outras atrações.
Barcelona, Espanha
Para reduzir a circulação de carros e privilegiar deslocamentos a pé, foram criadas superquadras, grandes blocos formados por nove quarteirões. A primeira medida foi direcionar o fluxo de carros para fora desses espaços e retirar os estacionamentos do nível da rua. Os interiores de cada superquadra receberam calçadas mais largas e áreas verdes para torná-las mais agradáveis aos pedestres.