Por Automotive Business
Foto: Divulgação (BYD Brasil)
A montadora chinesa BYD anunciou que atingiu a marca de 70 mil ônibus completamente elétricos entregues. Juntos, eles já andaram 5,5 bilhões de km e deixaram de emitir 3,8 milhões de toneladas de CO2.
Fundada em 1995 pelo bilionário Wang Chuanfu, a empresa começou fabricando baterias e hoje é uma das maiores produtoras de veículos elétricos do mundo. Os ônibus começaram a ser produzidos em 2010, dois anos depois de a Berkshire Hathaway, firma de investimentos do americano Warren Buffet, adquirir 10% da empresa.
Além do capital estrangeiro, a BYD se beneficiou também de incentivos do governo chinês à adoção de VEs. Uma pesquisa publicada no ano passado pela IES Synergy (empresa que fabrica estações de recarga) apontou que, até 2025, 99% dos ônibus elétricos em circulação no mundo estarão na China. Em 2017, a cidade de Shenzhen, por exemplo, completou sua transição para uma frota de ônibus 100% elétrica, com 16 mil veículos em circulação. Para efeito de comparação, esse é o mesmo tamanho da frota da cidade de São Paulo, a mais populosa do Brasil.
Na Europa, a BYD está presente em 100 cidades ao longo de 20 países. Ainda assim, o mercado europeu só representa 2,5% de toda a operação da gigante chinesa. A situação deve mudar no futuro, entretanto, com o aumento da demanda entre os países do continente. Por isso, a BYD inaugurou uma fábrica na Hungria em 2017 e a está expandindo.
E no resto do mundo? Desde 2017 a companhia produz seus chassis de ônibus elétricos no Brasil. Na Colômbia, a empresa deve entregar neste ano as últimas unidades de encomenda de 1.002 ônibus da BYD. Os problemas de trânsito do país, como pavimento acidentado, direção agressiva e superlotação serviram como motivação para a BYD alterar os materiais dos ônibus de modo a torná-los mais resistentes.
