Do PORTAL UNIBUS
Foto: Matheus Felipe
A interdição total do tráfego de veículos na região do Pontilhão de Cidade Nova, em Natal, prevista no cronograma da Prefeitura, tem gerado preocupação entre os moradores da Zona Oeste, especialmente entre os usuários do transporte público. O temor é de que um desvio inadequado comprometa a mobilidade em bairros como Planalto, Leningrado, Village de Prata e Cidade Nova.
O desconhecimento sobre o plano de desvio das linhas de ônibus preocupa usuários. Ismael dos Santos, morador do Planalto, afirmou ao jornal Agora RN que depende da linha 40 para se deslocar até Cidade da Esperança e não recebeu informações da STTU sobre possíveis mudanças na rota. “Uso essa linha diariamente e estamos preocupados. A STTU não passou nada para a gente”, disse.
Segundo Ismael, estudantes das escolas União do Povo, Luís Maranhão e Emília Ramos também serão diretamente impactados. Ele defende a necessidade de um desvio que mantenha o percurso das principais linhas da região, como 38, 40, 41 e 83.
O Pontilhão – que interligará a Avenida Solange Nunes à Rua Engenheiro João Hélio – tem como objetivo eliminar congestionamentos e melhorar a fluidez no tráfego entre Cidade Nova e Planalto, permitindo a passagem de veículos sobre a linha férrea. A estrutura funcionará como um viaduto, oferecendo mais segurança e agilidade no trânsito da região.
Para Nilson Queiroga, consultor técnico do Sindicato das Empresas de Transportes Urbanos (Seturn), a obra é essencial, mas requer cuidado na execução. Ele estima que a interdição pode afetar cerca de 20 mil passageiros que utilizam as quatro linhas que passam diariamente pelo trecho. “Essa ligação entre Planalto, Cidade Nova e Cidade da Esperança é muito importante”, frisou.
O Seturn defende a criação de um desvio pavimentado como alternativa viável para manter o funcionamento do transporte público durante as obras. “É uma obra de fundamental importância para a cidade do Natal, sonhada há décadas. Estamos todos torcendo pela conclusão. O ex-secretário Walter Pedro garantiu que houve essa preocupação no planejamento. Estamos otimistas de que será possível encontrar uma solução”, acrescentou Queiroga.
A reportagem procurou a Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana (STTU) para esclarecimentos sobre os planos de desvio das linhas de ônibus, mas não obteve resposta até o fechamento desta edição.
