Governos deveriam aumentar tributos do diesel para facilitar o acesso aos elétricos, diz o chefe da Daimler na Europa

Do Blog do Caminhoneiro
Foto: Divulgação

Martin Daum, CEO da Daimler Truck AG e Presidente do Conselho de Veículos Comerciais da European Automobile Manufacturers Association, diz que três fatores são necessários para acelerar a entrada de novas tecnologias em substituição ao diesel.
De acordo com o executivo, é preciso da tecnologia certa, infraestrutura para abastecimento e paridade de custos.

“A indústria de caminhões e ônibus da Europa está totalmente comprometida com o Acordo de Paris. No futuro, vamos todos estar cientes de que precisamos de três fatores para tornar o transporte livre de emissões de CO2 um sucesso e que esses fatores são interdependentes. Mas essa interdependência não deve levar para o ‘problema da galinha ou do ovo’, onde montadoras, empresas de energia e governos esperam que os outros façam seu trabalho primeiro. Devemos enfrentar todos os fatores de uma vez, e devemos fazê-lo agora”, disse o chefe da Daimler.

Ele ressaltou que os caminhões e ônibus que usam tecnologias não poluentes, como eletricidade ou células de combustível, tem valores de compra significativamente mais altos que os veículos a diesel, o que acaba deixando eles menos competitivos no mercado.

Para o executivo, parte da solução do problema seria deixar o uso de veículos a diesel menos atrativo, com maiores impostos sobre o combustível, o que estimularia a compra de veículos com outras tecnologias.

Outro fator importante é a ampliação da rede de abastecimento para as novas tecnologias, onde os proprietários poderão abastecer os veículos com facilidade, como ocorre hoje com o diesel.

“Para tornar os caminhões e ônibus livres de emissões, não só é necessária a tecnologia de veículos certa, mas a infraestrutura e a igualdade de custos, que também desempenham um papel igualmente importante. Os clientes devem poder reabastecer facilmente veículos comerciais livres de emissões e ganhar dinheiro com isso. Do contrário, eles não vão comprá-los. É simples assim”, enfatizou o CEO da divisão de caminhões da Daimler.

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