Prefeito Greca assume presidência da Assomec e fala em Agência Metropolitana de Transporte Coletivo na Grande Curitiba

Do Diário do Transporte
Foto: Lucilia Guimarães/SMCS/Ilustração/Fotos Públicas

Curitiba e municípios vizinhos podem futuramente ter uma Agência Metropolitana de Transporte que deve unificar as decisões e planejamentos da mobilidade da região.

Esta deve ser uma das articulações que o prefeito de Curitiba, Rafael Greca, deve fazer nos dois anos de mandato na presidência da Associação dos Municípios da Região Metropolitana de Curitiba (Assomec), que reúne os prefeitos de 29 municípios.

Greca assumiu o cargo nesta quarta-feira, 06 de janeiro de 2021.

Por meio de nota da Assomec, o prefeito disse que somente um organismo integrado pode resolver alguns problemas relacionados aos transportes pelo fato de as cidades terem de tomar decisões em conjunto.

“Precisamos criar um consórcio metropolitano de transporte coletivo e uma agência metropolitana de transporte, mas a operação tem de ser unificada, inclusive para evitar problemas de superlotação, má gerência ou de congestionamento dos terminais” – afirmou.

A gestão unificada dos transportes entre municípios vizinhos dentro de uma região metropolitana é algo comum em diversos países e bandeira antiga de institutos técnicos de mobilidade, arquitetura, urbanismo e engenharia no Brasil.

Curiosamente, no passado, a região metropolitana de Curitiba era o que mais se aproximava do que os especialistas pregam.

Mas em março de 2015, por causa de divergências entre o então prefeito Gustavo Fruet e o então governador Beto Richa quanto ao financiamento das integrações entre ônibus municipais de Curitiba e metropolitanos de 13 cidades vizinhas, a gestão da tarifa que era unificada pela Urbs (Urbanização de Curitiba S.A.), da prefeitura da Capital, foi separada, havendo o que o setor de transportes chamou de “desintegração financeira da RIT – Rede Integrada de Transportes”.

A gestão integral das linhas e das finanças do sistema das cidades vizinhas da capital passou a ser exclusiva da Comec (Coordenação da Região Metropolitana de Curitiba).

A RIT nasceu com o propósito de integrar não só tarifas, mas operação e gestão, evitando sobreposições de recursos e linhas, mas sem penalizar os passageiros com sistemas desconexos, como é hoje na capital paulista a SPTrans (ônibus municipais) e EMTU (ônibus metropolitanos).

Em 17 de março de 2019, o Diário do Transporte trouxe uma matéria especial sobre os 30 anos do início prático da RIT Metropolitana.

Em 12 de março de 1989 nascia a M- RIT – Rede Integrada de Transporte da região metropolitana. O início do sistema envolveu as cidades de Curitiba e Fazenda Rio Grande e o operador foi o Grupo Leblon Transporte de Passageiros que, para as ligações metropolitanas, incorporou ônibus diferenciados para a época, os padrons Mafersa M210 Turbo, que traziam conceitos de estrutura e conforto da indústria ferroviária.

Greca disse ainda que pretende impulsionar as ações da Associação e o potencial existente em diversas áreas nos 29 municípios que a compõem. “Com as nove cidades vizinhas quero uma cidade só, com as outras cidades do segundo anel desejo um mercado comum metropolitano”, avaliou.

O chefe do executivo municipal da capital substitui o ex-prefeito de Fazenda Rio Grande, Marcio Wozniack.

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