A redução da frota de ônibus em circulação no país durante a greve dos caminhoneiros gerou perdas de R$ 5,8 bilhões, segundo levantamento da Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos (NTU).
Ilustração |
O número é uma soma da perda de produtividade no mercado de trabalho (R$ 5,6 bilhões) por conta das horas não trabalhadas pelas pessoas que não conseguiram transporte público e da queda no faturamento das empresas (R$ 191,8 milhões).
A greve dos caminoneiros se estendeu do dia 21 ao dia 30 de maio, mas faltou combustível para os ônibus a partir do dia 23, quando as frotas começaram a ser reduzidas. Isso afetou mais de 39 milhões de pessoas em 3,3 mil cidades, segundo a NTU.
O estudo mapeou a situação do transporte público em 23 capitais federais durante esses oito dias. De acordo com a NTU, 51,9 milhões de viagens deixaram de ser realizadas por falta de combustível no período.
Em Belo Horizonte, Minas Gerais, nenhum coletivo circulou no dia 27 de maio, por exemplo. Em Teresina, no Piauí, só 30% da frota estava nas ruas no dia 25 e, em São Paulo, 46% dos ônibus rodaram na mesma data.
Para cálculo da perda de produtividade no mercado de trabalho, a NTU considerou o custo médio de R$ 8,98 por hora de trabalho do brasileiro, medido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A associação assumiu que os usuários que não conseguiram transporte não chegaram a seus empregos.
Fonte: G1