A inadimplência nos financiamentos de veículos atingiu o menor nível do ano até agora ao chegar em 3,9% em setembro, de acordo com a prévia do sistema financeiro divulgada pelo Banco Central. Os dados mais recentes mostram que o índice, que mede o nível dos atrasos nos pagamentos, ficou 0,2 ponto porcentual abaixo do apurado em agosto e 0,7 p.p. a menos contra o índice de dezembro, no fechamento de 2016. Os dados se referem a pessoas físicas que adquiriram CDC, crédito direto ao consumidor.
O nível da inadimplência vem caindo continuamente desde o início do ano, quando o índice bateu os 4,7%, sendo este o maior apurado desde janeiro de 2016, pelo menos. Este indicador em nível baixo reflete que mais consumidores estão honrados suas dívidas, deixando seus parcelamentos em dia. Por outro lado, para os bancos, também indica um cenário mais seguro para conceder mais crédito.
A taxa média de juros praticada para contratos do setor também atingiu o menor patamar para o ano, pelo menos por enquanto, chegando a 23%. O efeito é reflexo da política de cortes na taxa de juros Selic, que no último dia 25, sofreu o nono corte consecutivo. Desde o início do ano até agora, a taxa média para veículos caiu 3,2 pontos porcentuais. O prazo dos novos contratos continua com média na casa dos 42 meses, com oscilações pouco relevantes.
O volume de crédito liberado para o financiamento de veículos diminuiu 10,3% na comparação setembro sobre agosto, ao atingir os R$ 7,27 bilhões, basicamente em função do menor número de dias úteis. Contudo, a melhora da concessão de crédito é verificada com o aumento de 21,4% no comparativo anual: em setembro do ano passado, quando o setor sentia mais profundamente os efeitos da crise, o total de recursos liberados não passou dos R$ 5,84 bilhões.
Já o saldo das carteiras de veículos encerrou o mês passado em R$ 144,9 bilhões, aumento de 0,5% com relação a agosto e leve alta de 1% sobre dezembro, no encerramento de 2016, quando o saldo foi de R$ 143,6 bilhões.
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