Durante o período da Copa do Mundo, não apenas os aeroportos serão exigidos para receber o elevado fluxo de turistas: ônibus, trens, metrô, táxis também deverão receber um número muito maior de passageiros. E há o temor de que sua capacidade não baste para atender a tanta demanda. Além dos criticados aeroportos, que receberão um fluxo ainda maior que o normal de turistas, os terminais rodoviários brasileiros não estariam preparados para a Copa do Mundo, conforme alerta um professor da Universidade Estadual Paulista (Unesp).
“O fluxo estimado de turistas para a Copa do Mundo é de aproximadamente 500 mil turistas por mês, o que com certeza vai demandar um fluxo não só do metrô e dos aeroportos, mas principalmente das rodoviárias”, diz José Carlos de Oliveira, especialista em direito administrativo da Unesp em Franca.
Ele lista os problemas de algumas das principais rodoviárias do País. “A rodoviária do Rio de Janeiro é um caos. Não sei se poderíamos, com todo o respeito, chamar de rodoviária. A de São Paulo há décadas não tem um sistema de expansão, de melhorias de seu sistema viário e de mobilidade para os passageiros. E assim também nós podemos ver nas outras cidades onde teremos jogos da Copa”, completa o professor.
“Em todas as cidades, o descaso com o transporte público, com o transporte de passageiros, é flagrante. O que os noticiários olham em primeiro lugar é o aeroporto, mas nós temos que lembrar também do metrô, do transporte coletivo urbano, das rodoviárias, dos estacionamentos, enfim, da necessidade de um fluxo rápido de veículos.”
Fonte: Terra
