Todos sabem que a principal fonte geradora de poluição nas cidades é a grande quantidade de veículos individuais, que além de proporcionalmente emitirem mais poluentes no ar, ocupam de maneira inadequada o espaço urbano.
O problema não é típico apenas das cidades de países em desenvolvimento. Em Paris, por exemplo, há vários dias são registrados níveis máximos de poluição acima dos tolerados pela OMS – Organização Mundial da Saúde.
Os níveis de PM 2,5 (partículas com até 2,5 microgramas) e de PM 10 (partículas de até 10 microgramas) são os mais perigosos para a saúde. Estas partículas entram rapidamente na corrente sanguínea e passam com mais facilidade pelos filtros naturais que o organismo possui.
Por causa disso, entre os dias 14 e 16, as autoridades francesas bancaram plenamente os custos dos transportes públicos que não terão cobrança de tarifa.
A redução no número de veículos particulares nas ruas nestes três dias pode diminuir os níveis críticos de poluição de maneira emergencial, mas o intuito principal é ir criando uma cultura em prol do uso do transporte coletivo que traz vantagens ambientais. Um ônibus e composições metroferroviárias podem transportar a mesma quantidade de passageiros que vários veículos, ocupando espaços menores e gerando muito menos poluição.
Ao menos 30 departamentos franceses tiveram nível máximo de poluição decretado. O ministro francês da Ecologia, Philippe Martin, chegou a considerar a qualidade do ar como “uma emergência e uma prioridade para o Governo”.
Além de Paris, cidade de Caen, no norte, e Reims, no nordeste, também ofereceram transporte público gratuito neste período.
Os níveis de poluição de Paris se assemelharam aos de Pequim, na China, uma das cidades mais poluídas do mundo, e já interferem até na Bélgica.
A ação as autoridades francesas mostra a urgência para o incentivo ao transporte coletivo como solução mundial para o meio ambiente.
Fonte e foto: Blog Ponto de Ônibus