O custo necessário para resolver os problemas estruturais do Viaduto do Baldo é de R$ 1,3 milhão, mas não há prazo para iniciar a obra. A informação foi dada pela Secretaria Municipal de Obras Públicas (Semopi). Ao apresentar o laudo acerca dos equipamentos localizados no canal do baldo, no último dia 28, a então secretária Tereza Cristina Pires, disse que o procedimento burocrático necessário para iniciar a obra – licitação, assinatura de contrato, etc – terá de ser iniciado pela nova gestão.
De acordo com a Semopi, a contratação de uma empresa para resolver o problema deve durar entre dois e três meses. Já a obra em si terá uma duração de seis meses. “Não é uma obra de grande complexidade, mas o viaduto principalmente sofreu uma série de avarias nesse meio tempo”, explica a secretária.
Um dia depois de ter afirmado à Tribuna do Norte que haveria ampliação da interdição, Tereza Cristina anunciou que mesmo tendo sido contatado um estado de corrosão nos trechos das avenidas Rio Branco e Deodoro da Fonseca que passam sobre o canal do Baldo, a Semopi decidiu não interditar a área.
Tanto o viaduto do Baldo quanto os trechos sobre o canal sofreram um desgaste considerável nos últimos anos, por falta de manutenção. Por conta do fluxo intenso de veículos, as avenidas Rio Branco e Deodoro da Fonseca não serão interditadas. “Se fosse em outro local, optaríamos pela interdição, mas não há como interditar aquela área”, justifica a secretária de Obras.
O Viaduto do Baldo e os trechos das duas avenidas sobre o canal correm risco de desabar por conta do desgaste. A informação está no laudo elaborado, à pedido da Semopi, pelo engenheiro José Pereira, responsável pela avaliação técnica. “Não é algo para causar pânico. Mas são locais que precisam de uma intervenção. Uma solução emergencial é colocar escoras nessas estruturas”, diz a secretária Tereza Cristina Pires. Além disso, será necessário limitar o tráfego nesses locais para veículos de grande porte.
O relatório apresentado à secretária mostra, além do trecho das avenidas com corrosão, um viaduto cheio de problemas. São ferragens expostas por conta da corrosão do concreto, fissuras, juntas danificadas e um sistema de drenagem falho. Em alguns pontos, nasce vegetação no meio dos asfalto por conta do acúmulo de água na estrutura do viaduto. Além disso, uma fenda que, em 2008 tinha 10 centímetros, aumentou de tamanho, atingindo 14,5 centímetros. “Isso mostra que a situação não se estabilizou”, diz Tereza Cristina.
Caso as escoras sejam colocadas, é possível reabrir o fluxo de veículos no Viaduto. Porém, os técnicos da Semopi constataram que não há empresa especializada para tocar esse serviço em Natal. Por isso, a limitação do fluxo de veículos é algo necessário. “Vamos falar com a Semob porque isso precisa ser disciplinado, principalmente no caso do fluxo de veículos de grande porte, comuns por ali”, encerra Tereza Cristina.
Foto: Alex Régis (Tribuna do Norte)
Fonte: Tribuna do Norte