Economia: Vendas de ônibus ainda precisam reagir

As vendas de veículos, entre motos, carros de passeio, comerciais leves, caminhões e ônibus, ainda não deslancharam, segundo levantamento referente à primeira quinzena de janeiro de 2013 divulgado nesta quinta-feira, 17, pela Fenabrave – Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores.
Foram emplacados 231 mil 724 veículos. Em comparação com o mês de janeiro de 2012, a alta é de 13,09%. No mesmo mês do ano passado, os emplacamentos somaram 204 mil 895 veículos. Se forem levados em consideração os números de emplacamentos de carros pequenos e de ônibus e caminhões, a alta é de 25,32%.
Mas se a comparação for feita entre esta primeira quinzena de janeiro e a primeira quinzena do mês de dezembro, a queda nos emplacamentos do total de veículos é de 15,24% e considerando apenas carros, caminhões e ônibus, este número negativo vai para 16,94%.
Os segmentos de carros e comerciais leves e os de ônibus e caminhões, analisados separadamente, mostram a mesma tendência, mas ainda com números desfavoráveis para o mercado de veículos de grande porte, segundo a Fenabrave.
Os emplacamentos de veículos leves (carros e comerciais pequenos) cresceram 26,73% na comparação da primeira quinzena de 2013 com a primeira quinzena de 2012. Mas comparando os primeiros quinze dias de janeiro com o mesmo período de dezembro do ano passado, a queda de vendas de carros de pequeno porte foi de 16,75%.
A explicação é que muitos aproveitaram a redução do IPI e o pagamento do 13º para trocar de carro enquanto que em janeiro as vendas costumam ser menores em relação a dezembro, por conta dos custos de início de ano, como IPTU, IPVA e material escolar.
Ônibus e Caminhões: Muito prejudicado no ano passado, com queda expressiva de venda e produção, o setor de caminhões e ônibus esboça reação, mas ainda não suficiente para tranqüilizar a indústria e os trabalhadores.
No ano passado entrou em vigor uma nova tecnologia de redução de emissão de poluentes, que deixou os ônibus e caminhões mais caros. Sabendo disso, em 2011, os frotistas anteciparam as renovações, o que deixou o mercado desaquecido em 2012, além do reflexo da redução da atividade econômica geral no País.
Nesta primeira quinzena de 2013 foram emplacados 7.150 ônibus e caminhões. O número é 1,52% maior em comparação ao mesmo período de 2012, mas amarga queda de 20,92% em relação à primeira quinzena de dezembro do ano passado.
Separando os tipos de veículos, foram emplacados em janeiro 5 mil 695 caminhões, alta de 1,51% em relação a janeiro do ano passado e queda de 17,97% na comparação com dezembro.
Já em relação aos ônibus, os emplacamentos na primeira quinzena de janeiro somaram 1.185 unidades. O número é 1,54% maior que nos primeiros quinze dias de 2012, mas 33,01% menor se for levado em conta o total de emplacamentos na primeira quinzena de dezembro de 2012, quando 1 mil 769 ônibus novos foram paras as ruas.
Apesar do fraco desempenho na primeira quinzena, as estimativas para o ano são positivas para o setor de ônibus e caminhões: além da recuperação natural do mercado, fatores como obras públicas, intervenções para modernização dos sistemas de mobilidade urbana, a aproximação da Copa do Mundo de 2014, licitações de transportes urbanos e rodoviários e o esperado aquecimento no setor de turismo devem beneficiar as vendas de veículos pesados.
Em relação às marcas de ônibus, a Mercedes Benz continua liderando:
1º) Mercedes Benz – 466 unidades, 39,32% de participação no mercado.
2º) Marcopolo (Volare – miniônibus prontos) – 334 unidades, 28,19% de participação no mercado
3º) Volkswagen / MAN- 240 unidades, 20,25% de participação no mercado
4º) Volvo – 62 unidades, 5,23% de participação no mercado
5º) Iveco- 29 unidades, 2,45% de participação no mercado
6º) Scania – 21 unidades, 1,77% de participação no mercado
7º) Agrale – 18 unidades, 1,52% de participação no mercado

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