Representantes dos transportes alternativos acreditam em regulamentação da categoria em 2014

Os transportes alternativos lutam a cerca de dez anos pela regulamentação da categoria. Cerca de 19 mil veículos trabalham em diferentes regiões do Rio Grande do Norte, mas nunca existiu uma lei estadual que regulamente a atividade. Entretanto, a partir de janeiro deve ser discutida uma lei para a classe, pelo menos foi isso que ficou discutido em reunião dos representantes da categoria e o Departamento de Estradas e Rodagens do Rio Grande do Norte (DER-RN).
Os diretores da Cooperativa de Transporte e Turismo (Cooptranstur) e da Associação dos Proprietários e Condutores de Transporte Alternativo (Atacama) mostraram otimismo no encontro.
“Está havendo um diálogo com as autoridades responsáveis. Acreditamos que finalmente nossa categoria vai ser regularizada. Os diretores do DER estão querendo dar essa oportunidade, para que possamos trabalhar com incentivo e de forma organizada”, declarou o presidente da Cooptranstur, Francisco Bezerra de Almeida.
Como a lei só deve ser discutida em 2014, os diretores das associações solicitaram ao DER uma medida provisória para identificação dos alternativos, como um crachá ou uma faixa. A reunião entre os diretores das associações e o DER garantiu ainda que os alternativos não serão perseguidos, por estarem trabalhando, como já aconteceu em diversas ocasiões.
“Nós somos uma classe trabalhadora, como qualquer outra e sofremos com perseguições, que constrangem tanto o motorista, como os passageiros. Acreditamos que há espaço para todos que envolvem o transporte trabalharem. Os alternativos têm o seu espaço, como os ônibus tem o seu espaço. Queremos que o bolo seja dividido para todos”, comentou o tesoureiro da Atacama, José Salvador Gonçalves.
A regulamentação da atividade ainda visa garantir que apenas os alternativos que estejam legalizados possam trabalhar, fazendo com que os passageiros tenham mais segurança ao escolher um transporte.
“Acontecem muitos acidentes, também transportes que circulam sem as mínimas condições e o DER vem mostrando preocupação com isso. Temos associações e cooperativas para regularizar a atividade e combater os clandestinos, como acontece com os taxistas e mototaxistas, que já tem uma lei de regulamentação. Depois da lei estadual, vamos lutar pela medida nacional”, destacou José Salvador.
“Nós trabalhamos com um padrão de qualidade, com carros novos e vistoriados. Nossos cooperados são preparados com palestras e cursos do Senai. O objetivo é que todos os beneficiados com a nova lei trabalhem com esse padrão e passem segurança aos clientes”, declarou o presidente da Cooptranstur.

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