Alternativos: Maioria das permissões está sem uso

Um levantamento feito pela Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana (Semob) aponta que 97 permissionários estão com seus veículos de transporte alternativo parados, o equivalente a 54,8% da frota total de 177 permissões distribuídas inicialmente em 25 linhas. Hoje, de acordo com o secretário adjunto de Transportes, Clodoaldo Cabral, 19 linhas estão operando, enquanto outras seis foram desativadas desde a primeira licitação, em 1997.
Clodoaldo afirma que as linhas pararam de circular por baixa demanda de passageiros, falta de cumprimento de horário – que leva a população a desistir desses veículos – e por muitos ainda não serem contemplados com a bilhetagem eletrônica. Além disso, há os casos de permissionários que desistem da atividade, seja por mudança de profissão ou por problema nos carros.
Devido ao encerramento dessas seis linhas, quatro outras foram criadas como complementares e absorveram parte dos permissionários que estavam parados. Por funcionarem como complementares, as linhas 503, 57, 54A e 314 A e B fazem integração com os ônibus de Natal, concedendo passe livre aos usuários do NatalCard.
Apesar do problema de mais da metade dos veículos está parada, a Semob diz que não pode cancelar essas permissões para repassar a outros motoristas porque a licitação do transporte alternativo está atrelada à dos ônibus, desde decreto publicado durante a primeira gestão de Wilma de Faria como governadora do Estado (2003-2007). Então, a pós a primeira licitação, de 1997, ter sido renovada por mais três anos em 2000, não foi feito qualquer outro processo licitatório para o transporte público.
Agora, como está em discussão junto à licitação dos ônibus, serão licitadas as permissões para transporte opcional. Dentro desse processo, Clodoaldo Cabral afirma que a Semob vai enviar à Câmara Municipal, na próxima semana, uma proposta de lei autorizativa para a licitação. Após aprovação da CMN, uma empresa será contratada para fazer os estudos de distribuição das linhas de acordo com a demanda, para então vir a ocorrer a licitação dos transportes. O tempo estimado, considerando o período necessário para conclusão desse processo realizado anteriormente, é por volta de um ano e meio.
No caso das linhas que estão circulando regularmente, são feitas vistorias a cada seis meses, observando aspectos mecânicos e estruturais do veículo. Pelo resultado da análise, os carros podem ser classificados como aprovados, reprovados e pendentes.

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