Após reunião com representantes do governo do Maranhão e da Secretaria de Segurança Pública do estado, representantes dos trabalhadores rodoviários e das empresas de transporte público de São Luís decidiram suspender a greve que, desde terça-feira (23/9), paralisou o transporte coletivo, inclusive com ataques a ônibus na capital e na região metropolitana.
Não estão descartadas novas paralisações, caso o governo não garanta segurança para circulação dos ônibus. De acordo com o secretário administrativo do Sindicato dos Trabalhadores Rodoviários do Maranhão, Isaias Castelo Branco, o governo estadual prometeu aumentar o patrulhamento nas ruas.
Esse trabalho será intensificado com a chegada de 150 homens da Força Nacional. Conforme Castelo Branco, não ficou definido se haverá atenção especial às linhas consideradas mais perigosas, aquelas que sofrem constantes ameaças de incêndios e de assaltos.
“O patrulhamento será feito em 26 corredores considerados estratégicos da cidade”, salientou o presidente do Sindicato. Segundo ele, a maior preocupação é o crescimento dos assaltos a ônibus. Conforme o sindicalista, em agosto ocorreram 48 casos e, em setembro, a média é superior a dois assaltos por dia. “Além dos ataques, temos de nos preocupar com essa realidade [dos assaltos]. Levamos o problema para o governo, mas ainda não tivemos o necessário retorno. Quando pressionamos, são tomadas apenas medidas paliativas. Depois de três dias, as patrulhas deixam as ruas e voltamos a conviver com os assaltos”, criticou Castelo Branco.
A Secretaria de Comunicação do governo maranhense informou à Agência Brasil que as sugestões dos representantes dos rodoviários e das empresas serão avaliadas. Ressaltou que, desde o último fim de semana, houve considerável aumento no número de policiais nas ruas. Entretanto, a secretaria não repassou a quantidade ou percentual a mais de policiais deslocados para patrulhamento ostensivo.
Sobre a queixa do Sindicato dos Trabalhadores Rodoviários, a assessoria observou que o reforço policial foi adotado em razão das ocorrências de assaltos e ataques aos ônibus e não pelas paralisações. Acrescentou que 23 suspeitos de envolvimento nos ataques do fim de semana estão presos ou apreendidos.
Fonte: Correio Braziliense