RS: Prefeitura de Porto Alegre deve fazer licitação para comprar ônibus elétricos

Foto: João Paulo Guimarães/Divulgação PMPA
A EPTC – Empresa Pública de Transporte e Circulação -, gerenciadora do sistema municipal de Porto Alegre, estuda abrir licitação para comprar ônibus elétricos para as linhas municipais operadas pela empresa pública Carris.
Desde abril, estão sendo testados três veículos nas linhas circulares C1, C2 e C3.

De acordo com o diretor-presidente da gerenciadora, Vanderlei Cappellari, ao Jornal do Comércio, os testes têm sido satisfatórios, o que deve fazer com que a prefeitura realize a licitação.
“Vamos discutir junto ao prefeito a possibilidade de lançar uma licitação para a compra de mais veículos como esse. Até o momento, todos os testes indicam que isso acontecerá, pois eles têm autonomia suficiente para rodar um dia inteiro, sendo o desempenho elétrico superior aos comuns. Eles também exigem menos manutenção e têm maior durabilidade, de cerca de 15 anos”.
Para determinar a viabilidade de uma licitação a fim de comprar ônibus elétricos, Porto Alegre vai levar em conta a satisfação dos passageiros e dos operadores, mas também colocar tudo na ponta do lápis.
Um ônibus elétrico, hoje, custa em torno de R$ 1,5 milhão, enquanto um convencional a diesel está em torno de R$ 500 mil.
Como a manutenção até agora tem sido mais barata no ônibus elétrico, não há consumo de óleo diesel e a vida útil do veículo pode ultrapassar 15 anos, e não apenas, em média, 10 anos, como os ônibus convencionais, as autoridades de Porto Alegre vão verificar se essas vantagens se traduzem realmente em números positivos para o sistema. O principal objetivo é trazer impactos menores nas tarifas.
A autonomia das baterias dos atuais modelos que circulam em Porto Alegre é de 250 quilômetros, considerada suficiente para as linhas onde hoje são testados.
Os ônibus são recarregados enquanto estão parados nas garagens. A fabricante diz que o tempo de recarga é de em torno de três horas, mas, na prática, para que a recarga seja completa, é necessário mais tempo.
Os ônibus são fabricados pela empresa chinesa BYD, que possui planta em Campinas, no interior de São Paulo, mas a licitação pode receber propostas de outras fabricantes de ônibus elétricos.
No Brasil, a Eletra, de São Bernardo do Campo, junto com a Mitsubishi, desenvolveu um ônibus articulado 100% elétrico que consegue fazer recargas rápidas em postos instalados nos terminais ou paradas, além de produzir trólebus, sistema, entretanto, que não está nos planos da capital gaúcha.
Desde 2012, a Volvo produz no Brasil ônibus híbridos, mas não 100% elétricos.
O diretor-presidente da Carris, Sérgio Zimmermann, disse ao jornal que, inicialmente, os ônibus devem operar na linha T-9, e que se surpreendeu com os resultados.
“Inicialmente, avaliamos o desempenho do coletivo produzido na China, que tinha sete anos de uso, e ficamos surpreendidos positivamente. Os técnicos da Carris visitaram empresas lá com até 700 veículos para ver como funcionava e isso é uma tendência mundial, pois eles não emitem poluentes”.

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