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A escassez de recursos hídricos é um problema que se agrava e, no mundo, já afeta cerca de quatro bilhões de pessoas pelo menos um mês por ano. Os dados são de um estudo divulgado pela publicação científica Science Advances, no ano passado. Assim, esse é um problema que ninguém mais pode ignorar.
Muitos transportadores já estão fazendo seu papel, como demonstra a Sondagem CNT de Gestão Hídrica, que ouviu representantes do transporte rodoviários de passageiros sobre a água utilizada na lavagem de ônibus. O estudo aponta que 64,1% deles possuem sistemas de tratamento de água e 49% reúsam os recursos hídricos.
Mas é possível fazer ainda mais. E para auxiliar as empresas a adotarem as medidas para isso, a CNT elaborou um manual que dá o passo a passo para reutilizar e economizar água. Conforme a entidade, quando uma empresa instala um sistema de reúso, ela consegue diminuir em até 80% o consumo desse recurso e, assim, os gastos com a conta de água também diminuem. Faça download do Manual CNT de Gestão Hídrica para saber mais.
E para quem quer fazer a conta da economia, é fácil. Junto com o manual, a Confederação Nacional do Transporte lançou também um simulador, na qual as podem estimar a quantidade de água possível de ser economizada, os investimentos necessários e o retorno financeiro dessa medida, que não demora a acontecer.
Entre as orientações do manual, estão: como reduzir o consumo de água de concessionária; quais as alternativas a restrições para o eventual uso de poços artesianos; como avaliar a oportunidade de aproveitamento de água da chuva; como aperfeiçoar o processo de lavagem da frota; como implementar um sistema de tratamento e reúso de água; e como desenvolver indicadores e metas de desempenho para o uso da água.
Se a água é finita e a demanda pelo recurso é crescente, nada pode ser desperdiçado. Por isso, a ONU (Organização das Nações Unidas) pede que todos aproveitem mais as águas residuais, que são aquelas descartadas após o uso. Segundo o Relatório Mundial das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento dos Recursos Hídricos, divulgado em março deste ano, uma vez tratadas, as águas residuais poderiam se tornar fontes importantes para satisfazer a crescente demanda por água doce e outras matérias-primas.
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