Prefeitura do Rio contrata consultoria para encontrar “tarifa justa” para ônibus

O prefeito do Rio, Marcelo Crivella, se reuniu hoje (5) com empresários das empresas de ônibus no município do Rio para tratar de uma tarifa justa para os ônibus urbanos da cidade. O Ministério Público estadual já conseguiu na Justiça que as tarifas dos ônibus fossem reduzidas por duas vezes, alegando que a planilha de custos estava acima dos gastos reais pelos empresários nos últimos dois anos.

Crivella disse aos empresários do setor de transportes públicos que vai assinar um aditivo do contrato com a empresa PricewaterhouseCoopers (PwC) para que seja concluído, em seis semanas, um estudo técnico para apontar o ponto de equilíbrio da tarifa de ônibus da cidade do Rio de Janeiro.
Primeiro, a Justiça determinou que a tarifa dos ônibus urbanos fosse reduzida de R$ 3,80 para R$ 3,60 e, mais recentemente, dos atuais R$ 3,60 para R$ 3,40. Outro ponto também é que, desde o governo do ex-prefeito Eduardo Paes, ficou acertado que toda a frota de ônibus do município estaria climatiza, o que não ocorreu até o momento.
“Acabei de fazer uma reunião com os representantes das empresas de ônibus e acertamos que vamos concluir os estudos técnicos para termos uma tarifa justa. Uma tarifa que seja adequada com os melhores serviços e melhor qualidade para o povo da nossa cidade. Vamos continuar as conversas e, sobretudo, concluir os estudos científicos”, afirmou após a reunião com os empresários.
O Sindicato das Empresas de Ônibus do Rio (Rio Ônibus) Rio informou, por meio de nota, que vê como positivo o aceno da atual gestão municipal para restabelecer o respeito ao contrato de concessão do serviço de transporte por ônibus na cidade do Rio.
Ficou acordado que serão realizadas reuniões semanais entre representantes da prefeitura e do Rio Ônibus, em esforço para que a nova tarifa seja determinada até 31 de dezembro, respeitando a data de reajuste prevista no contrato de concessão.
Assinado em 2010, o contrato prevê o reajuste anual como forma de repor custos com mão de obra, óleo diesel, pneus, veículos e despesas administrativas – sem nenhuma relação com a climatização da frota.
O Rio Ônibus diz ainda, na nota, que, “após o congelamento em janeiro de 2017, o segundo desde o início do contrato de concessão, o valor da passagem sofreu outras duas reduções ao longo do ano, por ordem da Justiça. Ao contrário de metrô, barcas e trens, os ônibus não tiveram o reajuste contratual concedido. A tarifa atual é, ainda, a menor entre capitais como São Paulo, Belo Horizonte, Curitiba, Salvador e Porto Alegre”.
A disposição da prefeitura do Rio de restaurar a segurança jurídica do contrato de concessão é um alento para o setor, que vive a mais grave crise de sua história, com o risco iminente de fechamento de empresas e demissão de trabalhadores.
O Rio Ônibus informa, na nota, “que o diálogo com o Poder Público fortalece o setor de transporte e permite os avanços para melhorar o sistema utilizado por 4 milhões de passageiros por dia no Rio”.
Agência Brasil

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