“Transporte público de Natal vive na idade da pedra”, diz Robério Paulino

Por Agora RN
Foto: José Augusto/Ilustração

Recém-chegado à Câmara Municipal, eleito após receber 1.886 votos nas eleições de novembro, o professor universitário Robério Paulino (PSOL) assume o primeiro mandato de vereador com prioridades bem definidas para a atual legislatura: assistência às comunidades, modernização do transporte público, plantio de árvores e combate ao analfabetismo. Ele ocupa uma das 29 cadeiras da Câmara, que teve quase metade de sua configuração renovada para 2021.

Robério reforça que a eleição de 14 novos nomes demonstra uma reposta muito clara da população e espera que a renovação se concretize na prática.

“Foi um ponto bastante positivo. Significa que a população quer mudança. O que eu vejo com muita tristeza é que alguns vereadores novos que entraram nem sempre chegam defendendo ideias novas. Lamentavelmente, é uma renovação boa, mas ao mesmo tempo contraditória, porque você tem vereadores novatos defendendo ideias conservadoras. A renovação precisa ser também de pautas novas”, ressalta, em entrevista exclusiva ao Agora RN.

Ao longo dos quatro anos de mandato, o parlamentar disse que pretende focar na luta pela modernização do transporte público de Natal, que permanece “na idade da pedra”, segundo ele. A ideia do mandato de Robério Paulino é buscar alternativas para reformular a frota de ônibus da capital potiguar. Robério é favorável à ideia de criação de uma empresa pública de transporte em Natal.

“Natal está na idade da pedra nesse sentido. A cidade tem um dos sistemas de transporte mais velhos e antiquados entre as capitais brasileiras. Isso é lamentável. Já estamos indo para uma cidade com 1 milhão de habitantes. Natal não merece essa frota de latas-velhas. A maior parte é de ônibus reformados, não são novos, trazidos pelas empresas de outros lugares para cá. Isso impede que a cidade se modernize. Isso também impede que a classe média possa usar o transporte público e deixar o carro em casa. Com a frota velha, o trabalhador se sacrifica para tentar comprar um carro e fugir do transporte público, o que prejudica ainda mais o nosso trânsito”, destacou.

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