Bicicleta e apps: os meios mais seguros, segundo os que não dirigem

Pesquisa da Uber com brasileiros sem carro próprio mostra que estes modos de transporte são tidos como as opções de locomoção mais seguras durante a pandemia

Do Mobilize Brasil
Foto: Antonio Scorsa/O Globo

Uma pesquisa do Datafolha*, encomendada pela Uber, mostra mudanças profundas na forma como as pessoas passaram a se movimentar pelas cidades a partir da pandemia do novo coronavírus. O levantamento ouviu 3.271 pessoas de todas as regiões do país, entre os meses de setembro e outubro últimos.

Dessa parcela de brasileiros sem veículo próprio, 38% acreditam que a bicicleta é o meio mais seguro para se locomover. A bike empata tecnicamente (pela margem de erro) com aplicativos do tipo Uber, que vem logo em seguida, com 35% da preferência. Em terceiro lugar está o táxi, com 9% das respostas, seguido do transporte público, que atinge 4% de preferência na opinião dos entrevistados.

Quando analisada apenas a Região Metropolitana de São Paulo, os aplicativos de mobilidade são considerados por mais da metade da população sem carro próprio como o meio de deslocamento mais seguro (56%), seguido pela bicicleta (21%) e o transporte público (8%).

Aglomeração

O Datafolha também perguntou os motivos para a escolha do modal de transporte durante a pandemia. Para os brasileiros, os critérios mais importantes para escolher o meio de transporte são o grau de aglomeração (29%), a segurança que o transporte oferece (20%) e, empatados com 14%, a facilidade de acesso ao meio e o risco de contaminação.

Os números também revelaram que 61% dos brasileiros acreditam que o hábito de se deslocar por aplicativos vai aumentar, enquanto 10% acreditam que deve ficar igual, e 29% apostam na diminuição do serviço no futuro. Em São Paulo, a pesquisa mostrou uma tendência ainda maior para o aumento do hábito, com 66% das respostas nesse sentido.

Máscaras
Quando perguntado qual o grau de importância de ações para prevenir o contágio da covid-19 no uso de apps de mobilidade, o uso de máscaras pelo motorista e usuário ficou em primeiro lugar nas respostas dos brasileiros. O segundo lugar se liga ao fato de o carro ter sido higienizado por uma empresa especializada e, em terceiro, a disponibilidade de álcool em gel para motoristas e usuários.

*O nível de confiança da pesquisa é de 95% e a margem de erro é de 2 pontos percentuais. A amostra representa a população brasileira adulta e foi composta em sua maioria por mulheres (53%) e pessoas com nível médio de escolaridade (43%) e média etária de 42 anos. Em alguns gráficos e tabelas os resultados não somam exatamente 100% devido arredondamentos.

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