Do Diário do Transporte
Foto: Jori Avlis/Visual Hunt
Cerca de 440 mil passes foram vendidos na Área Metropolitana da capital portuguesa em setembro, cerca de 60% em relação ao mesmo mês em 2019
A queda de passageiros no transporte coletivo, causado pelo temor de contaminação do coronavírus, aliado às fortes medidas de isolamento social adotadas nas principais cidades do mundo, causou impacto na Área Metropolitana de Lisboa, em Portugal.
Dados informados à imprensa lusitana pelo primeiro secretário metropolitano, Carlos Humberto, apontam que a venda de passes do transporte tem aumentado de forma regular desde a forte quebra verificada no início da pandemia.
Os dados mais recentes dão conta de que até 17 de setembro foram comprados cerca de 60% dos passes em comparação com o mesmo período do ano passado.
Carlos Humberto lembrou que em abril verificou-se uma perda significativa de passageiros no sistema, e uma redução da venda de passes por volta dos 90%. Foram apenas 72 mil passes vendidos naquele mês diante dos 760 mil passes comercializados em abril de 2019.
A venda de passes, no entanto, reflexo direto da procura pelo transporte público, começou a crescer em maio deste ano.
“Nós, neste momento, passamos de uma perda que foi quase de 90% para uma perda de cerca de 40%. Isto é: estamos [em setembro] com uma procura na venda de passes Navegante e na procura do transporte por volta de 60% daquilo que tínhamos no mês homólogo”, explicou o gestor ao site Portugal Digital.
O passe Navegante Metropolitano permite utilizar todas as empresas de serviço público de transporte regular de passageiros, em todos os 18 municípios da área metropolitana de Lisboa. A validade é mensal, isto é, do primeiro ao último dia do mês para o qual foi adquirido.
Em relação aos bilhetes ocasionais, os dados disponíveis são ainda referentes a agosto e demonstram uma queda de cerca de 60%.