Saúde: Coronavírus pode afetar produção automotiva no Brasil

Por UNIBUS RN
Foto: Juraj Varga (Pixabay)
Com informações: Automotive Business

O surto mundial da COVID-19, nome oficial dado ao Coronavírus, pode afetar ainda neste mês de março a produção de veículos no Brasil. Quem divulgou esse cenário foi o presidente da ANFAVEA, ao afirmar que há, pelo menos, duas montadoras que poderão paralisar suas atividades por falta de componentes e/ou peças vindas da China, país com maior número de casos.

Em entrevista ao site Automotive Business, o presidente da ANFAVEA (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores), Luiz Carlos Moraes, explicou que, mesmo com a prática de fazer estoque de peças, as empresas que fazem parte da associação estimam que as fábricas podem parar suas produções já em março, ou no mais tardar em abril, devido à demora no transporte das peças – os itens podem demorar de 8 a 10 semanas para chegarem ao Brasil.

“Não é um risco generalizado, mas ele existe para uma ou outra montadora”, diz Luiz Carlos.

O dirigente informa, porém, que a indústria automotiva já estuda alternativas para caso o desabastecimento de peças e componentes realmente aconteça, bem como reforçou a força das empresas em reverter rapidamente a eventual perda na produção.

“Há o desafio porque é um fator anormal e de alto impacto na economia que todo o mundo está tentando lidar. Existe o risco, mas na indústria há uma serenidade para tratar o tema: existe um monitoramento diário por parte das equipes de logística de todas as montadoras de item por item e peça por peça, inclusive em toda a cadeia de fornecimento, como tiers 2 e 3”, diz o presidente da ANFAVEA.

Hoje, a China é o maior fornecedor de peças automotivas para o mercado brasileiro. Em 2019, o setor automotivo movimentou, somente com importação, US$ 13 bilhões em insumos, como peças e componentes usados na fabricação de veículos. Desse total, 13% são fornecidos pelos chineses.

O surto do Coronavírus está afetando todos os 5 continentes, incluindo o Brasil. Até o meio-dia de ontem, 10, já foram contabilizados mais de 100 mil casos em todo o mundo – quase 81 mil só na China, com mais de 3 mil mortes.

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