Do PORTAL UNIBUS
Foto: Divulgação (Volare / Secco Comunicação)
A Marcopolo, líder em soluções de mobilidade e maior fabricante de ônibus da América do Sul, apresentou na Busworld Europa 2025 o micro-ônibus Volare Attack 9 Híbrido – Elétrico/Etanol. O modelo foi desenvolvido em parceria com a HORSE Powertrain Limited e a WEG e exibido no estande da HORSE, empresa global especializada em sistemas de propulsão de baixa emissão.
O veículo é o primeiro micro-ônibus híbrido movido a etanol a utilizar a tecnologia Range Extender (REX), criada pela HORSE em colaboração com a WEG. O sistema combina um motor a combustão interna com um gerador elétrico que recarrega as baterias do veículo, aumentando de forma significativa sua autonomia — especialmente em locais com infraestrutura restrita de recarga.
Com lançamento previsto para 2026, o Volare Attack 9 Híbrido terá autonomia superior a 450 quilômetros. O powertrain utiliza o motor turbo HR10 da HORSE, de três cilindros e 1.0 litro, com potência de 85 kW, adaptado para operar com biocombustível etanol. A tração é 100% elétrica, e o motor a combustão atua apenas como gerador de energia, operando cerca de um terço do tempo total de uso, sempre na faixa ideal de eficiência, o que reduz emissões e melhora o desempenho.
A arquitetura Range Extender impede que o motor de combustão acione diretamente as rodas, o que diferencia o modelo dos híbridos plug-in convencionais. Isso possibilita menor consumo de combustível, redução de emissões e uso de baterias de alta tensão com metade do tamanho das instaladas em veículos elétricos puros, resultando em menor peso, custo e espaço.
O Volare Attack 9 também se destaca pelos baixos níveis de ruído, vibração e aspereza, além de otimização do custo operacional — inclusive do sistema de freios, que conta com regeneração de energia durante as frenagens. O modelo possui três packs de baterias com capacidade total de 122 kWh, permitindo maior capacidade de transporte de passageiros.
Movido a etanol, o micro-ônibus pode operar em qualquer região do Brasil, contribuindo para uma mobilidade de menor impacto ambiental e com potencial para geração de créditos de carbono. O êxito do projeto levou a HORSE e a WEG a planejarem o desenvolvimento de uma arquitetura padronizada de Range Extender voltada a veículos comerciais leves e pesados.