Do PORTAL UNIBUS
Foto: Divulgação (Scania)
A Scania deu mais um passo em sua estratégia de sustentabilidade ao substituir o uso de gás natural por biometano renovável em sua unidade industrial de São Bernardo do Campo (SP). A iniciativa resultará na redução de aproximadamente 250 toneladas de CO₂ de origem fóssil por mês, totalizando mais de 2.750 toneladas até o final de 2025, com base no volume de produção planejado.
“Essa iniciativa reforça nossos compromissos de descarbonização e integra uma série de investimentos voltados para tornar nossa produção mais eficiente e com menor impacto ambiental”, afirma Christopher Podgorski, presidente e CEO da operação industrial da Scania para a América Latina. “O biometano é uma solução para o transporte de baixo carbono, exemplificando a economia circular e convertendo um passivo ambiental em um ativo energético renovável para abastecer nossas operações”, acrescenta.
A substituição do gás natural fóssil pelo biometano abrange diversas atividades da fábrica, incluindo o uso em estufas do processo de pintura de cabines, equipamentos das áreas de alimentação, abastecimento de veículos industriais como empilhadeiras e também influencia as emissões indiretas (Escopo 3) da empresa. O impacto se estende ao primeiro abastecimento dos veículos movidos a gás entregues aos clientes e aos veículos da LOTS, empresa do Grupo Scania focada em soluções logísticas.
Segundo Podgorski, a iniciativa contribui para o cumprimento da meta estabelecida pelo Science Based Targets Initiative (SBTi) de reduzir em 50% as emissões dos Escopos 1 e 2 até o final deste ano, considerando a operação global da Scania.
Biometano e descarbonização do transporte rodoviário
Além do uso industrial, o biometano desponta como uma alternativa viável para a redução de emissões no transporte comercial. No dia 13 de fevereiro, a Scania sediará o primeiro de uma série de cinco workshops para discutir caminhos para a descarbonização do setor de transporte rodoviário no Brasil.
O evento faz parte das ações do Hub de Biocombustíveis e Elétricos, lançado durante o SDGs in Brazil, evento do Pacto Global ocorrido na Assembleia Geral da ONU e na Climate Week, em Nova Iorque, no ano passado.
“Diante da crise climática, há uma corrida contra o tempo. As decisões empresariais devem levar em conta fatores como infraestrutura, capacidade da rede de distribuição e alternativas energéticas, além de novas regulamentações”, explica Podgorski. “Nosso objetivo é fornecer informações confiáveis para uma transição energética alinhada à realidade do país e aos negócios de nossos clientes”, completa.
Colaboração para metas sustentáveis
O Hub de Biocombustíveis e Elétricos integra o Programa Pacto Rumo à COP30, do Pacto Global – Rede Brasil. Coordenado pelas Plataformas de Ação pelo Clima e pela Agricultura e Floresta, o grupo já conta com cerca de 83 empresas participantes dos setores de infraestrutura, logística, montadoras, energia, tecnologia e financiamento. A iniciativa está vinculada ao Movimento Ambição Net Zero, que busca reduzir 2 gigatoneladas de CO₂ até 2030, com metas baseadas na ciência.
“O Hub proporciona uma jornada de capacitação por meio de workshops, promovendo conhecimento sobre biocombustíveis e eletrificação para a descarbonização do setor de transportes rodoviário. Além disso, oferece networking entre os participantes, compartilhamento de boas práticas e acompanhamento de projetos e metas”, destaca Guilherme Xavier, diretor-executivo interino do Pacto Global – Rede Brasil.
Para Podgorski, a descarbonização do setor exige colaboração entre diferentes agentes. “Esse é um desafio complexo que não pode ser superado de maneira isolada. Reunir empresas, articular ações e engajar stakeholders é fundamental para encontrar soluções sustentáveis que beneficiem tanto o meio ambiente quanto a sociedade e os negócios”, conclui.