Zona Leste de São Paulo recebe novos ônibus 100% elétricos da BYD

São Paulo terá primeiros sistemas de armazenamento de energia em garagens de ônibus elétricos

Do PORTAL UNIBUS
Foto: Divulgação (BYD do Brasil)

A Prefeitura de São Paulo autorizou a instalação dos primeiros sistemas BESS (Battery Energy Storage System) em garagens de ônibus da capital. A tecnologia, inédita no Brasil, permitirá armazenar energia elétrica para recarregar veículos em menor tempo, ampliando a infraestrutura necessária à expansão da frota de ônibus elétricos e reduzindo a dependência dos investimentos da Enel.

Segundo reportagem do site Inside EVS, os seis primeiros módulos serão instalados em até 90 dias. A A2 Transportes, na Zona Sul, receberá dois equipamentos, enquanto a Auto Bless, na Zona Oeste, contará com quatro. Cada unidade terá capacidade de fornecer 4,5 MWh, suficiente para carregar até 120 ônibus em um único ciclo.

O projeto será executado pela Huawei, fornecedora dos equipamentos, em parceria com o grupo Matrix Energia, que ficará responsável pelo investimento em capital e infraestrutura. A Prefeitura informou que não haverá custos para a administração municipal.

O modelo já é utilizado em países como a China e foi apresentado ao prefeito Ricardo Nunes durante visita ao centro de pesquisa da Huawei em Xangai. A expectativa é que a adoção da tecnologia fortaleça a rede de recarga e facilite o cumprimento do Programa de Metas da cidade, que prevê a substituição gradual da frota a diesel por veículos de emissão zero.

Frota em expansão
São Paulo já opera quase 1.000 ônibus elétricos, consolidando a maior frota do Brasil. Para além da ampliação no número de veículos, a infraestrutura de recarga é considerada essencial para garantir escala à transição energética no transporte coletivo.

Com o BESS, as concessionárias terão maior independência em relação à rede elétrica distribuidora, ajudando a mitigar impasses com a Enel sobre os investimentos e possibilitando o carregamento dos veículos em horários de menor demanda de energia. A medida deve contribuir tanto para a confiabilidade do sistema quanto para a aceleração da eletrificação da frota paulistana.

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