Do PORTAL UNIBUS
Foto: Divulgação (Volvo do Brasil)
O mercado chileno de veículos comerciais registrou uma queda de 9,3% em 2024, totalizando 14.267 unidades vendidas, segundo dados divulgados pela Associação Nacional Automotriz do Chile (ANAC). No ano anterior, o setor havia alcançado a marca de 15.723 unidades.
O volume foi composto por 12.203 caminhões, que apresentaram uma retração de 3,5% em relação às 12.650 unidades de 2023, e 2.064 ônibus, que tiveram queda mais acentuada, de 32,8%, frente às 3.073 unidades comercializadas no ano anterior.
O segmento de caminhões, apesar da retração anual, apresentou crescimento em dezembro, com 1.282 unidades vendidas, 7,3% a mais que as 1.195 unidades comercializadas no mesmo mês de 2023. Já o segmento de ônibus registrou apenas 381 novos veículos adquiridos pelo sistema RED Movilidad em 2024, contra 1.375 unidades no ano anterior, contribuindo para o desempenho negativo do setor. Excluindo-se os veículos do RED Movilidad, o mercado de ônibus manteve-se praticamente estável, com leve retração de 0,9%.
Fatores econômicos
De acordo com a ANAC, a redução nas vendas reflete fatores como baixa confiança empresarial, diminuição de investimentos e uma lenta aprovação de novos projetos, que impactaram a renovação de frotas no país.
Marcas líderes em 2024
A Mercedes-Benz liderou o segmento de Caminhões com 1.768 unidades vendidas e 14,5% de participação de mercado, seguida por Volvo (1.301 unidades, 10,7%), Chevrolet (1.284 unidades, 10,5%) e Volkswagen (1.129 unidades, 9,3%).
No segmento de ônibus, a Mercedes-Benz também ficou na liderança, com 467 veículos comercializados e 22,6% de participação, seguida por Foton (303 unidades, 14,7%), Scania (229 unidades, 11,1%) e Volvo (214 unidades, 10,4%).
Perspectivas para 2025
A ANAC prevê recuperação no mercado de veículos comerciais em 2025. Segundo projeções da FORECAST Consultores, o segmento de caminhões deve crescer 13,5%, alcançando aproximadamente 13.850 unidades. No caso dos ônibus, a expectativa é de retomada na renovação de frotas, mas os volumes ainda devem ficar abaixo dos registrados em 2022 e 2023.
A associação destaca que a melhora das condições econômicas e a retomada de projetos de infraestrutura podem impulsionar o desempenho do setor ao longo do próximo ano.