Do PORTAL UNIBUS
Foto: Divulgação (NTU / Via O Estado de S. Paulo)
Sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em outubro, a Lei do Combustível do Futuro marca um avanço importante na transição energética do Brasil, estabelecendo metas para a redução das emissões de gases de efeito estufa no setor de transportes. A legislação prioriza a substituição de combustíveis fósseis por fontes renováveis.
Entre os principais pontos da nova lei está a ampliação do uso de biocombustíveis, como etanol e biodiesel, além da introdução de alternativas como hidrogênio verde e gás natural veicular. A legislação também prevê a modernização da infraestrutura de transporte, com a construção de novas rodovias, ferrovias e portos, e a implementação de sistemas de transporte público mais eficientes.
A Lei do Combustível do Futuro cria programas nacionais focados em diesel verde, combustíveis sustentáveis para aviação e biometano. A mistura de etanol na gasolina poderá variar entre 22% e 27%, com a possibilidade de atingir até 35%. Atualmente, a mistura máxima é de 27,5%, com um mínimo de 18% de etanol.
No caso do biodiesel, a mistura com diesel fóssil, que é de 14% desde março deste ano, será aumentada em um ponto percentual por ano, até alcançar 20% em março de 2030.
Os impactos imediatos da nova legislação incluem a redução das emissões de gases de efeito estufa, melhorias na qualidade do ar, e a facilitação do transporte de mercadorias e pessoas, além da redução de custos e tempos de viagem. Para o setor de logística, essas mudanças representam uma oportunidade de modernização e eficiência, com benefícios diretos tanto na operação quanto no meio ambiente.
A implementação da Lei do Combustível do Futuro é um passo crucial rumo a um Brasil mais sustentável, embora exija investimentos e o envolvimento de todos os setores da sociedade. Os ganhos esperados para o meio ambiente e para a economia são significativos.
Nesse contexto, a Expolog 2024, que acontecerá em Fortaleza nos dias 27 e 28 de novembro, no Centro de Eventos do Ceará, abordará o futuro da logística e a transição para energias limpas. O evento contará com especialistas que discutirão os desafios e oportunidades da transição energética no setor de transportes.
Augusto Wagner, diretor-executivo do Instituto Brasil Logística, destacou a importância da conscientização sobre as mudanças climáticas e a necessidade de descarbonização no setor de logística. “Embora essa transição não seja simples e envolva novos custos, não podemos ignorar a deterioração das condições de vida do nosso planeta. O projeto de lei representa um passo fundamental, e por isso a FRENLOGI o apoiou desde o início. Contudo, é crucial que todos se engajem nessa causa”, afirmou Wagner.