Usuários de ônibus no grande Recife enfrentam dificuldades com a infraestrutura dos pontos de parada

Do PORTAL UNIBUS
Foto: Adelmo Lucena (Diário de Pernambuco)

As esperas nos pontos de ônibus da Região Metropolitana do Recife muitas vezes são marcadas por longas filas, cansaço e falta de estrutura adequada para os usuários. Essa realidade, comum para quem depende do transporte público na região, é reflexo da baixa infraestrutura oferecida pela empresa responsável pela administração desses pontos.

Conforme definido pela Associação Nacional de Transportes Públicos (ANTP), os pontos de ônibus são locais ao longo das vias onde os usuários podem embarcar e desembarcar com comodidade. No entanto, muitos desses pontos na Região Metropolitana do Recife deixam a desejar em termos de conforto e acessibilidade.

Embora os pontos sejam estrategicamente localizados em áreas de grande demanda, como centros urbanos e corredores viários principais, a falta de estrutura adequada prejudica a experiência dos passageiros. O ideal é que os pontos estejam a uma distância máxima de 500 metros entre si, mas é comum encontrar espaçamentos menores, de até 300 metros.

As paradas são vitais para os sistemas de transporte público, oferecendo aos passageiros a oportunidade de planejar rotas, proteger-se das intempéries e interagir com outros usuários. Infelizmente, muitos dos pontos na região estão depredados, sem assentos, lixeiras, iluminação adequada ou informações sobre as linhas de ônibus.

Segundo o Consórcio Grande Recife, responsável pelo Sistema de Transporte Público de Passageiros (STPP) na região, há 6.667 pontos de embarque e desembarque nas ruas da Região Metropolitana do Recife, dos quais apenas 2.899 contam com proteção solar e 608 possuem assentos.

Em uma análise realizada pelo jornal Diario de Pernambuco, durante o horário de pico, foi constatado um cenário de paradas lotadas, pessoas aguardando em pé e ônibus passando direto devido à superlotação. O problema foi agravado em 18 de abril, quando uma falha na Linha Sul do Metrô do Recife causou a paralisação do serviço, resultando em superlotação nas paradas de ônibus e nos transportes.

Os usuários entrevistados expressaram preocupações com a falta de estrutura e conforto nos pontos de ônibus. Adriano Teixeira, administrador de 37 anos, relatou sua experiência de esperar ônibus com suas filhas, destacando a importância de melhorias na infraestrutura. Gilberto Leandro, técnico em eletrônica de 58 anos, também compartilhou sua visão, ressaltando a necessidade de melhorias mesmo nas paradas já cobertas.

Para abordar essas questões, o Consórcio Grande Recife firmou um contrato com a empresa Kallas para requalificar 3.650 pontos de ônibus. Embora os esforços estejam em andamento, ainda há muito a ser feito para garantir conforto e segurança aos usuários do transporte público na região.

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