MPSP denuncia 26 envolvidos em esquema de lavagem de dinheiro através de empresas de ônibus

Do PORTAL UNIBUS
Foto: Rovena Rosa (Agência Brasil)

Após a deflagração da Operação Fim da Linha, que resultou na prisão de seis pessoas e no cumprimento de 52 mandados de busca e apreensão em endereços ligados à Upbus e à TW, empresas de ônibus suspeitas de lavagem de dinheiro para o PCC, o Ministério Público de São Paulo (MPSP), por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO), ofereceu denúncia contra 26 envolvidos no esquema. Os crimes incluem organização criminosa, lavagem de capitais, extorsão e apropriação indébita.

A operação, que contou com o apoio da Polícia Militar, da Receita Federal e do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE), mobilizou mais de 400 agentes públicos para cumprir as ordens judiciais expedidas pela 1ª e pela 2ª Varas de Crimes Tributários, Organização Criminosa e Lavagem de Bens e Valores da Capital.

Segundo apuração dos promotores de Justiça do GAECO, Silvio Cebola e Décio Português, já condenados no âmbito da Operação Sharks por tráfico de drogas, teriam injetado mais de R$ 20 milhões em recursos ilícitos em uma cooperativa que se transformou na Upbus. Essa operação possibilitou a participação da empresa em concorrências públicas, como a realizada pela Prefeitura de São Paulo em 2015, para concessão de linhas de ônibus.

Na TW, operadora na zona oeste da capital e no Vale do Ribeira, Pandora e outros nove denunciados são acusados de constituir uma organização criminosa para praticar crimes como apropriação indébita, extorsão, lavagem de dinheiro e fraudes licitatórias. Estima-se que R$ 54 milhões tenham sido lavados pela empresa, especialmente oriundos do tráfico de drogas.

Bens móveis e imóveis foram sequestrados, totalizando um valor proporcional ao faturamento anual das empresas, que ultrapassou 800 milhões de reais, visando garantir o ressarcimento a título de dano moral coletivo. As empresas também foram alvo de intervenção municipal.

As denúncias foram embasadas em análises bancárias, fiscais, telemáticas, societárias e patrimoniais, além de relatórios dos Tribunais de Contas do Estado e do Município de São Paulo.

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