Vera Cruz chega a acordo com Governo de Pernambuco para continuar operações na região metropolitana do Recife

Do PORTAL UNIBUS
Foto: Rafael Fernandes (Gentilmente cedida ao PORTAL UNIBUS)

Na terça-feira (2/4), a empresa de ônibus Vera Cruz anunciou sua decisão de desistir da entrega de nove linhas de ônibus, além de permutar e compartilhar outras sete. O acordo foi firmado em negociação mediada pelo Ministério Público de Pernambuco (MPPE) e tem como objetivo garantir a continuidade das operações da Vera Cruz no Sistema de Transporte Público da Região Metropolitana do Recife (RMR).

As regras estabelecidas no acordo visam melhorias operacionais, com destaque para a renovação da frota de coletivos, prometendo benefícios aos passageiros. Inicialmente, a Vera Cruz havia solicitado ao Estado a devolução da operação de nove linhas na área Sul do Recife, em Jaboatão dos Guararapes, no Cabo de Santo Agostinho e em Ipojuca, além da unificação de duas linhas e o compartilhamento e permuta de outras cinco. A Vera Cruz, uma das oito permissionárias do sistema, não opera sob contrato de licitação.

O governo de Pernambuco adotou medidas rigorosas contra as operações deficientes da empresa, com o Grande Recife Consórcio de Transporte Metropolitano (CTM), responsável pela gestão do sistema de ônibus na RMR, decidindo pela revogação da permissão da operadora e suspensão das operações de 14 linhas de ônibus por 90 dias.

A Promotoria de Transportes do MPPE, liderada pelo promotor Leonardo Caribé, interveio para mediar as negociações entre a empresa e o Estado, buscando mitigar os impactos para a população caso as operações da Vera Cruz fossem suspensas pelo governo.

A Vera Cruz comprometeu-se a uma série de ações para regularizar sua situação, incluindo a manutenção de condições mínimas de operação, a redução de autuações, a vistoria e aprovação de veículos, bem como a manutenção de uma frota reserva. Em caso de descumprimento, estão previstas multas conforme regulamentação do Sistema de Transporte Público da RMR.

Quanto às dívidas de multas judicializadas, o Estado manifestou disposição para negociar parcelamentos, mas não descontos, totalizando R$ 10 milhões.

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