Do Valor Econômico
Foto: Divulgação (Volkswagen do Brasil)
A Volkswagen vai produzir caminhões e ônibus na Argentina a partir de 2024. O anúncio foi feito pelo presidente da Volkswagen Caminhões e Ônibus, Roberto Cortes, ao ministro da Economia, Sergio Massa, e ao secretário de Indústria e Desenvolvimento Produtivo, José Ignacio de Mendiguren. A Argentina é o maior mercado de exportação da fábrica brasileira, instalada em Resende (RJ).
A nova linha absorverá investimento de US$ 50 milhões e será instalada em Cordoba, onde o grupo Volks já tem uma linha de transmissões para automóveis, quase totalmente voltada à exportação. A partir deste mês, essa mesma unidade iniciará a produção de motocicletas da marca Ducati, que pertence ao grupo Volks. Será uma moto de alta cilindrada (803cc).
Segundo a empresa informou, por meio de nota, a nova linha de caminhões e ônibus será instalada em uma área exclusiva, de 15 mil metros quadrados. Dali sairão cinco modelos hoje importados do Brasil, incluindo caminhões leves, destinados a entregas urbanas, pesados, para longas distâncias e um chassi de ônibus urbano.
No encontro com o ministro argentino, do qual também participou Marcellus Puig, presidente do grupo Volks Argentina, a empresa explicou que os US$ 50 milhões para o novo projeto se somam ao plano de US$ 250 milhões já anunciado pelo grupo alemão para a Argentina para o período entre 2022 e 2026. Para o Brasil, a Volks Caminhões e Ônibus tem plano de investir R$ 2 bilhões entre 2021 e 2025.
Recentemente, a companhia anunciou que este ano abriu 200 postos de trabalho para ampliar o quadro efetivo tanto de operários da fábrica de Resende e fornecedores no entorno dela como também as áreas administrativas em São Paulo. Com o início de produção de caminhões e ônibus que atendem à nova regulamentação de emissões (Euro 6), a partir de janeiro, há necessidade de mais pessoal capacitado para as áreas de tecnologia, segundo a empresa.
A produção na Argentina segue os planos de internacionalização da companhia, que recentemente também anunciou a expansão das exportações do Brasil para Filipinas e África.