Da Reuters
Foto: Roberto Parizotti/Ilustração/Fotos Públicas
O governo do presidente Joe Biden confirmou nessa terça-feira (17) que planeja estender os requisitos para os viajantes usarem máscaras em aviões, trens e ônibus e em aeroportos e estações de trem até 18 de janeiro como defesa aos riscos contínuos do COVID-19.
Um porta-voz da Agência de Segurança nos Transportes (TSA) confirmou a extensão, relatada pela primeira vez pela Reuters. “O objetivo da diretiva de máscara da TSA é minimizar a propagação de COVID-19 no transporte público”, disse o porta-voz
As principais companhias aéreas dos EUA foram informadas da extensão planejada em uma ligação com o TSA e os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) na terça-feira, disseram quatro pessoas informadas sobre o assunto.
O pedido atual da máscara de transporte da TSA vai até 13 de setembro.
A extensão reflete o impacto da variante Delta altamente transmissível e é um reconhecimento de que o transporte continua sendo potencialmente arriscado, especialmente para pessoas não vacinadas.
A mudança ocorre em um momento em que as companhias aéreas dos EUA estão lutando para decidir se exigem a vacinação de seus funcionários, enquanto o Canadá disse na semana passada que planeja exigir que todos os passageiros das companhias aéreas sejam vacinados.
Na sexta-feira, o secretário de Segurança Interna, Alejandro Mayorkas, disse à CNN que não havia discussão “neste momento” sobre a exigência de vacinas para passageiros de companhias aéreas domésticas.
A presidente da Association of Flight Attendants-CWA, Sara Nelson, disse que a extensão do mandato da máscara TSA “ajudará tremendamente a manter a segurança dos passageiros e funcionários da aviação”.
O pedido atual do CDC, que está em vigor desde logo após a posse de Biden em janeiro, exige o uso de máscaras faciais em quase todos os meios de transporte público – aviões, navios, trens, metrôs, ônibus, táxis e caronas e em centros de transporte, como aeroportos, terminais de ônibus ou balsas, estações de trem e metrô e portos marítimos.
Os requisitos têm sido a fonte de algum atrito, especialmente a bordo das companhias aéreas dos Estados Unidos, onde alguns viajantes se recusam a usar máscaras. A Administração Federal de Aviação, que instituiu um esforço de fiscalização de “tolerância zero” para passageiros indisciplinados, disse na terça-feira que desde 1º de janeiro recebeu relatos de companhias aéreas de 2.867 passageiros que se recusaram a usar o equipamento de proteção.
O TSA disse no mês passado ao Congresso que, desde o início da pandemia COVID-19, ocorreram mais de 85 agressões físicas a oficiais da Agência.
Em alguns estados dos EUA, centros de transporte estão entre os únicos lugares onde as máscaras ainda são necessárias. O CDC reverteu o curso em 27 de julho e disse que os americanos totalmente vacinados deveriam voltar a usar máscaras em todos os locais públicos fechados nas regiões onde o coronavírus está se espalhando rapidamente.
A recomendação do CDC atualmente se aplica a cerca de 94% dos condados dos EUA.
O CDC citou na terça-feira a transmissibilidade da variante Delta em um comunicado explicando a obrigatoriedade da máscara. “Usar uma máscara bem ajustada que cubra o nariz e a boca é uma maneira de evitar que os germes se espalhem entre você e outras pessoas”, disse o documento.
Um grupo de legisladores republicanos em julho apresentou uma proposta de lei para proibir a obrigatoriedade da máscara no transporte público, e outros republicanos querem que o CDC isente totalmente os americanos vacinados dessas exigências.
O pedido de máscara do CDC não tem data de validade. Em junho, a agência fez um pequeno ajuste em suas regras, dizendo que não exigiria mais que os viajantes usassem máscaras em centros de trânsito ao ar livre e em espaços ao ar livre em balsas e ônibus.
No mês passado, o oficial do CDC que assinou o pedido da máscara, Marty Cetron, disse à Reuters que os mandatos das máscaras no transporte público foram eficazes – e observou que as crianças com 11 anos ou menos ainda não podem ser vacinadas.
“As máscaras são realmente poderosas e devemos garantir que façam parte do nosso arsenal”, disse Cetron. “A verdade é que a porção não vacinada que está lá fora é extremamente vulnerável.”
A United Airlines disse no início deste mês que exigirá que seus 67.000 funcionários nos EUA sejam vacinados até 25 de outubro.
A administração Biden, citando a variante Delta altamente transmissível e os casos diários crescentes de COVID-19 , recusou-se a suspender quaisquer restrições de viagens internacionais que impedem a maioria dos cidadãos não americanos dos Estados Unidos.
Os funcionários das companhias aéreas acham que levará semanas ou até meses antes que a administração cancele quaisquer restrições de viagem existentes.
