A Prefeitura de São Paulo, por meio da Secretaria de Mobilidade e Transportes, apresentou na manhã dessa terça-feira (19/11) os 15 ônibus elétricos que circularão na linha 6030/10 Unisa-Campus1/Terminal Santo Amaro, da empresa Transwolff Transportes e Turismo. Os veículos já estarão equipados com a tecnologia NFC – pagamento da tarifa por meio dos cartões de débito ou crédito, smartphones ou smartwatches através das plataformas de pagamento digitais.
Foto: Luciano Ferreira da Silva (Ônibus Brasil) |
Segundo o prefeito Bruno Covas, a Prefeitura tem exigidos duas questões importantes em relação a esses ônibus. “Primeiro: a eletricidade deve vir de uma fonte limpa. Não exigir isso é transferir a poluição. Segunda questão: para utilizar esse tipo de nova energia é preciso que ela seja, no máximo, a mesma proporção de custo que hoje o diesel representa para o ônibus. Esse custo vai cair no futuro e, quem sabe lá na frente possa também representar uma redução da tarifa por conta dessa energia”, afirmou.
São três ônibus modelo Marcopolo (com 70 vagas, sendo 30 para pessoas sentadas e 40 em pé) e 12 Caio (com 80 vagas, sendo 31 para pessoas sentadas e 49 em pé).
Segundo o secretário de Mobilidade e Transportes, Edson Caram, “São Paulo é pioneira na busca de novas tecnologias para transportar os passageiros com conforto e segurança, agora com energia limpa, sem agredir o meio ambiente. É isso que essa nova frota de ônibus elétricos representa”.
“A partir de hoje, São Paulo tem a maior frota de ônibus 100% elétricos do país. Mais uma vez, somos pioneiros em apresentar inovações que reforçam o nosso compromisso em promover a qualidade de vida das pessoas. A SPTrans conseguiu com esse projeto mais uma referência técnica. Viabilizamos um projeto que capta energia limpa gerada em uma fazenda no interior do Estado para abastecer os ônibus que circulam na cidade”, afirmou o presidente da SPTrans, Paulo Shingai.
Os modelos BYD D9W são 100% elétricos, movidos a bateria, e possuem área para cadeira de rodas, acessibilidade com rampa de acesso, piso baixo, Wi-Fi, USB e ar-condicionado.
A linha em que os ônibus irão operar foi selecionada após estudos técnicos de viabilidade da SPTrans e os critérios adotados foram o percurso, a quilometragem diária por veículo, o número de passageiros transportados, a frota, o menor custo para disponibilização da energia elétrica no local de abastecimento, a distância entre a garagem e o ramal elétrico.
A 6030/10, operada pela Transwolff Transportes e Turismo, atende a todos os critérios estabelecidos para o projeto. Ela tem 29,7 km de extensão, 18 ônibus na frota e transporta, em média, 14,8 mil passageiros por dia útil.
Os 15 ônibus possuem 250 quilômetros de autonomia, o que permite que ele rode o dia inteiro, retornando para a garagem à noite, onde são recarregados. A recarga total se dá num período de aproximadamente três horas. A energia que será usada no abastecimento é limpa e virá de geração por meio de fazenda solar. O carregamento noturno torna a operação mais vantajosa, uma vez que o custo da energia elétrica neste período é mais baixo.
O projeto piloto foi anunciado no dia 16 de outubro de 2018, durante uma visita da comitiva da Prefeitura à fábrica da empresa chinesa BYD, em Campinas, considerando a preocupação com a emissão de poluentes e a aplicação de novas tecnologias no transporte público de São Paulo.
Redução de poluentes: De acordo com a BYD, cada ônibus elétrico em operação deixará de emitir 110 ton/ano de CO2 na atmosfera e toda a frota dos 15 ônibus vai preservar o equivalente a 12 mil árvores ao ano.
Os veículos são movidos a bateria de ferro-lítio, que em contato com o oxigênio não explode e não pega fogo. Além disso, após 15 anos de uso nos ônibus, a bateria poderá ser utilizada em sistemas de armazenamento de energia.
A frota de ônibus municipal da cidade conta com 14.072 ônibus e 70% estão equipados com motor EURO V, que reduz emissão de poluentes.
Fonte: Prefeitura de São Paulo