Diretor da BYD Brasil encontra Bolsonaro e fala sobre preocupação do setor com tributação sobre energia solar

A proposta de uma taxação sobre a energia com geração solar que vai incidir sobre os consumidores tem causado reações negativas de diversos setores da economia. Nesta quinta-feira, 24 de outubro de 2019, o diretor no Brasil de marketing e novos negócios da chinesa BYD, fabricante de veículos elétricos, baterias e placas fotovoltaicas, Adalberto Maluf, se encontrou em Pequim, na China, com o presidente Jair Bolsonaro e falou sobre a preocupação do setor de produção de energia limpa com a proposta da Aneel – Agência Nacional de Energia Elétrica.
Adalberto Maluf disse que Bolsonaro não se mostrou simpático com proposta da Aneel. Foto: Perfil Pessoal
A Aneel quer reter 68% da energia elétrica gerada pelos consumidores com placas solares. Hoje, a rede “devolve” quase 100% em crédito na “conta de luz”.
Com isso, em uma residência média, por exemplo, o retorno dos investimentos para a implantação do sistema solar pode pular dos atuais 4,5 anos para mais de 8 anos, aproximadamente.
A audiência da Aneel para recebimento das propostas vai até 30 de novembro.
A agência alega que todos os consumidores acabam subsidiando de forma indireta quem investe em placas solares e que haveria um período de transição até 2030.
Em suas redes sociais, o representante da fabricante disse que Bolsonaro não se mostrou favorável à proposta da Aneel.
Hoje estive com o presidente Bolsonaro para destacar a preocupação do setor solar sobre a desastrosa proposta da Aneel de taxar a geração de energia solar no Brasil.
Ele reiterou que apoia o setor e que não partiu dele essa péssima proposta para o país. Ele disse que também achou estranha a posição da Aneel e que não gostaria que essa taxa fosse criada. Agora temos que mostrar à Aneel os erros nos estudos que eles apresentaram, para tentar mudar essa desastrosa proposta de taxar o sol que pode ter um forte impacto negativo no setor – postou.
ÔNIBUS ELÉTRICO COM ENERGIA SOLAR EM SÃO PAULO:
Propostas de natureza como da Aneel, que incialmente deve atingir mais os consumidores domésticos, podem inviabilizar projetos de mobilidade limpa.
Nas próximas semanas, a BYD deve entregar à empresa Transwolff, da zona Sul da cidade de São Paulo, mais 12 ônibus elétricos num projeto de energia elétrica com fonte solar.
Isso porque, a energia destes ônibus vai ser gerada em uma fazenda da BYD em Araçatuba, no interior paulista. Essa energia será lançada ao ONS – Operador Nacional do Sistema e vai virar créditos para ser consumida por estes ônibus.
Diário do Transporte

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