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O uso do itinerário lateral nos ônibus de Natal – Parte II

O advento da tecnologia e a programação dos itinerários laterais digitais
 
Foi uma empresa operadora de linhas da região metropolitana a primeira a implementar o itinerário digital na lateral dos ônibus: Trampolim da Vitória. A viação que tem se destacado pelo seu crescimento recente e melhora contínua das operações, especialmente desde que passou a integrar um grupo empresarial de Pernambuco, trouxe a novidade na renovação de frota de 2006, com a compra de ônibus do modelo Svelto, da Comil.
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Unidades do modelo vieram de fábrica com o item, fazendo a Trampolim pioneira na utilização dos itinerários laterais de modo digital – o que chamava atenção não só pela novidade, mas pelo fato de a Trampolim da Vitória não utilizar, já em 2006, ano daquela compra, qualquer tipo de itinerário lateral.
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Uso do itinerário lateral foi “deixado de lado” na Trampolim
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Em 2006, a Trampolim aposentou o uso do itinerário lateral
Os últimos ônibus comprados novos pela empresa com o item lateral haviam sido adquiridos na década de 1990, e o uso das informações na lateral abandonada ao longo dos anos 2000. Inclusive, diversos ônibus comprados seminovos que continham a caixa de lona na lateral, ficaram sem utilização. Alguns ônibus nem mesmo foram ajustados para a adaptação da caixa de lona para próximo à porta da frente – pois pertenciam a sistemas com o embarque pela porta traseira, e tinham a caixa de lona próximo àquela porta.
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Na região metropolitana, o uso do itinerário lateral – seja em placa, seja em lona – só ocorreu de forma efetiva pela empresa Oceano, que pertence a Guanabara.
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Há ainda um registro da empresa Barros, numa operação da linha São José de Mipibu/Natal, operada pela viação até 2013, quando vendeu suas linhas e se tornou Litorânea Transportes. Enquanto Barros, os ônibus mesclavam itens do segmento urbano e rodoviário, sem seguir um padrão. Havia veículos do tipo urbano com a caixa itinerário inutilizada, ou ônibus do tipo
rodoviário, dispondo de itinerário lateral.
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O mesmo valia para a empresa Riograndense, quando esta operava as linhas que ligavam Macaíba e São Gonçalo do Amarante a Natal. Alguns veículos, geralmente os mesmos utilizados nas linhas urbanas de Natal que a empresa também operava, e que tinham a caixa de lona, traziam informações das linhas metropolitanas, e foram os únicos da viação com o item lateral na grande Natal.
Na Viação Campos, não há registro de uso de qualquer informação na lateral dos ônibus. Inclusive, foram poucos os veículos comprados com a caixa de itinerário, geralmente ônibus seminovos, e o item foi abandonado. O mesmo vale para a Viação Cabral, empresa onde não há registro de ônibus com caixa de itinerário lateral.
Já o itinerário digital lateral, trazido para a grande Natal a partir da Trampolim da Vitória, ainda esteve presente na empresa pelas compras seguintes. Em 2007, a empresa comprou novas unidades do modelo Svelto, também com o item tecnológico na lateral. Em 2009, na renovação da frota com os primeiros Apache VIP II da grande Natal, os ônibus também vieram com itinerário digital lateral – estes, na cor branca.
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E foram também os últimos da empresa com o item na lateral, que migrou a padronização no para-brisa frontal, indicando um itinerário auxiliar para os usuários.
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De toda forma, a semente plantada pela Trampolim da Vitória no uso do itinerário lateral digital, foi colhida e adotada pelas empresas de Natal. A partir de 2007, ano seguinte as compras dos primeiros ônibus da Trampolim com o item, foi a vez de a novidade estrear em Natal, em ônibus das empresas Guanabara, Santa Maria, Reunidas e Cidade das Dunas.
O posicionamento do itinerário lateral digital era padrão: na primeira janela, ao lado da porta de embarque.
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Na Guanabara, o item estreou no modelo Foz Super, da Caio. Já nas empresas Reunidas e Santa Maria, ele veio no modelo Viale, da Marcopolo, em compra conjunta realizada para as duas empresas.
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As empresas operadoras de linhas semi-urbanas também seguiram a tendência: em 2007, o item estava presente no Senior Midi, também da Marcopolo, das empresas Oceano e Cidade das Dunas.
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A partir daí, o itinerário digital na lateral dos ônibus foi ganhando vez… Mas não tanto assim. Apesar de o item continuar presente em ônibus comprados de fábrica a partir de 2007, alguns deles, fugiram o padrão.
Na Guanabara, ao mesmo tempo em que foi inaugurado um novo padrão, com o itinerário digital lateral fixado a carroceria, numa caixa de itinerário semelhante às antigas de lona, em uma compra realizada em 2008 com modelos da montadora Caio Induscar, a empresa continuou a comprar ônibus com o itinerário lateral de lona para modelos comprados também em 2008 da marca Marcopolo.
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Guanabara: Itinerário lateral digital nos ônibus CAIO…
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… mas de lona nos ônibus Marcopolo
O mesmo aconteceu com as empresas Santa Maria, Reunidas e Oceano,
também com ônibus comprados da marca Marcopolo.
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Senior Midi alongado, comprado em 2008, veio com itinerário lateral de lona nas empresas Reunidas, Santa Maria e Oceano
Na Cidade das Dunas, as compras de ônibus do modelo Comil e Caio Induscar também vieram com lona na lateral – a empresa foi a que mais perdurou com a compra de ônibus com itinerário em lona na lateral, optando pelo item até as mais recentes compras de veículos novos, em 2012.
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Apesar disso, as empresas de ônibus de Natal demonstraram ter ‘encontrado o caminho’, quando, a partir de 2009, padronizaram a compra da maioria dos ônibus vindos de fábrica com o item – inclusive, com um mesmo tamanho e configuração.
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Os poucos ônibus que não vieram com o item lateral, foi por erro no processo de produção, segundo informações apuradas pelo Portal UNIBUS RN, especialmente os modelos produzidos pela marca Comil. A falha, aliás, tem sido recorrente desde o ano de 2010, em ônibus das empresas Nossa Senhora da Conceição, Cidade do Natal e Via Sul. Os da empresa Conceição até chegaram a ser adaptados pela própria empresa.
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O uso do itinerário lateral pelas empresas contribuiu, inclusive, para a programação de mensagens aos usuários, algumas vezes substituindo o intuito de informar pontos importantes da linha daquele ônibus. Nos primeiros ônibus com o item da empresa Nossa Senhora da Conceição, o número da linha acompanhava frases de boas vindas e religiosas aos usuários, por exemplo.
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Já a Riograndense aproveitou para desejar feliz ano novo aos
usuários, através do itinerário lateral digital.
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O advento do itinerário lateral digital e a falta de padronização e indicação para o uso correto pelas empresas a partir do órgão gestor do transporte local contribuiu, de um modo geral, para seu desuso – e de algum modo gerou descrédito das próprias empresas para a atenção do itinerário lateral.
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A temática terá continuidade pelo Portal UNIBUS RN

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