Caminhadas curtas são benéficas para a memória, aponta estudo

A prática da atividade física já é conhecida por trazer uma série de benefícios para a saúde. Agora, cientistas americanos e japoneses descobriram que apenas dez minutos diários de exercício leve são suficientes para melhorar a capacidade de armazenamento e recordação de memórias. 
créditos: Cidade Ativa

O estudo, publicado na segunda-feira (24 de setembro) na revista Proceedings of National Academy of Sciences (PNAS), revelou que atividades como caminhada, ioga ou tai chi estimulam a conectividade cerebral e impulsionam partes do cérebro responsáveis pela formação e armazenamento de lembranças. A descoberta oferece uma nova alternativa simples e eficaz de retardar — ou mesmo impedir — o declínio cognitivo. 
De acordo com os pesquisadores, a frequência e a quantidade exata de exercício dependem de alguns fatores relevantes, como idade, nível de mobilidade, incapacidade potencial e questões associadas ao estilo de vida. Mas, no geral, uma caminhada à noite, por exemplo, é uma ótima opção.
O estudo
Para compreender como a prática de exercício físico está associada à memória, os pesquisadores monitoraram a atividade cerebral de 36 participantes, com cerca de 20 anos de idade, depois que alguns deles se exercitaram por dez minutos — momento que o pico de consumo de oxigênio está em 30%. O monitoramento também foi realizado nos indivíduos que não realizaram a tarefa, sendo repetido em alguns voluntários para conferir os resultados.
O teste de memória foi realizado por uma apresentação de imagens cotidianas aos participantes, que mais tarde eram testados para verificar o quão bem eles se lembravam do que haviam visto. “A tarefa de memória realmente foi bastante desafiadora. Usamos itens semelhantes muito complicados para ver se eles se lembrariam exatamente se a cesta de piquenique era a mesma ou era outra”, esclareceu Michael Yassa, da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, ao The Guardian. 

Humor
A observação mostrou que as pessoas que se exercitaram foram melhores em separar ou distinguir as diferentes memórias. A explicação: o cérebro apresentou uma comunicação aprimorada entre o hipocampo (área responsável pelo armazenamento das lembranças) e as regiões corticais, associadas à função de recordar memórias. Além de analisar a capacidade de recordação, os pesquisadores verificaram que houve mudanças benéficas no humor dos participantes.
Os resultados do estudo impactaram até mesmo a rotina dos pesquisadores. “Eu tento fazer reuniões enquanto caminho e todos nós tentamos nos levantar a cada duas horas e dar uma boa caminhada de dez minutos. Com base em minha experiência, não apenas o grupo é mais produtivo, mas estamos mais felizes”, revelou Yassa.
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