José Aldenir / Agora Imagens |
Enquanto em Natal os empresários do transporte coletivo cobram a liberação de subsídios municipais e estaduais para reduzir o preço da tarifa do transporte público, em São Paulo, o prefeito Bruno Covas (PSDB) vai aumentar em R$ 900 milhões os repasses para as empresas de ônibus que operam na cidade de São Paulo. Com isso, o gasto total com esse subsídio deve chegar a cerca de R$ 3 bilhões neste ano, quase o mesmo valor usado em 2017. A previsão no orçamento era de que essa despesa seria de R$ 2,1 bilhões.
O subsídio é um recurso que a Prefeitura repassa às empresas para ajudar a completar o custo dos sistema de transporte. O dinheiro serve para bancar as passagens gratuitas, como a segunda ou terceira viagem de ônibus que o usuário do bilhete único pode fazer, e as viagens grátis para idosos e estudantes.
Parte do dinheiro que vai pagar essa conta será transferida da área de investimentos públicos, que tem previsão de receber verbas obtidas com as privatizações. O anúncio desse remanejamento foi feito pelo prefeito na última sexta-feira, durante o Summit Mobilidade Latam 2018, evento promovido pelo Estado em parceria com a 99.
Covas afirmou que “neste ano, (o subsídio) deve ter a mesma quantidade que a gente teve no ano passado, uma faixa de R$ 3 bilhões”. O prefeito mencionou o valor ao tratar da nova licitação para o sistema de ônibus municipal, que deve “melhorar e modernizar a frota, com ônibus acessíveis, ar-condicionado e Wi-Fi”, além de reorganizar as linhas.
Os recursos extras para as empresas de ônibus virão de todas as atividades “não essenciais” da Prefeitura, segundo o secretário municipal da Fazenda, Caio Megale. “Sei de onde não vamos tirar: pessoal, Previdência, pagamento da dívida que temos com a União e do custeio dos hospitais, da educação, da assistência social e da manutenção dos equipamentos públicos.” Assim ficam sujeitas a perder verbas, por exemplo, ações da zeladoria urbana, como obras de canalizações de rios e contenção de encostas.
A tarifa passou de R$ 3,80 para R$ 4 neste ano, após ficar congelada durante 2017. Essa havia sido uma das principais promessas de campanha feitas pelo ex-prefeito João Doria (PSDB), que deixou o cargo em março para tentar a vaga de governador do Estado.
Agora RN