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O Governo de Portugal afirmou nesta terça-feira, dia 23, que poderá usar helicópteros da Proteção Civil ou drones para atuar no controle de velocidade nas estradas do país. Além disso, há a possibilidade de instalar mais radares, além de medidas que irão sinal de celular ao volante.
A declaração foi dada pelo secretário de Estado da Proteção Civil, José Artur Neves.
Ele deu a entrevista após a apresentação de um estudo sobre motoristas realizado pelo Automóvel Clube de Portugal. Ele admite tomar as medidas para combater o que chamou de “preocupante” aumento do número de mortos nas estradas portuguesas em 2017.
Segundo José Artur, esta é uma das soluções seguidas na Espanha e na França, e há a possibilidade também de adotar o modelo em Portugal. José Artur afirmou ainda que há “tecnologias muito evoluídas” e relativamente simples que poderão equipar “os helicópteros que estão ao dispor da Autoridade Nacional de Proteção Civil” para serem usados na fiscalização de velocidade.
Numa avaliação prévia, o Governo de Portugal entende as medidas como uma boa solução para enfrentar o problema da velocidade excessiva que provoca inúmeros acidentes.
Além de helicópteros e drones, o governo estuda também “aplicações com as operadoras para diminuir o uso do celular”, o que inclui a inibição do sinal com respostas automáticas para chamadas recebidas que indicam que “o condutor está ao volante e não pode atender a chamada“.
Esta seria uma maneira de evitar “um dos principais fatores de acidentes que resultam não da estrada, mas do uso do celular”, afirmou o secretário.
“O alargamento da rede de radares, reduzir o limite de velocidade para 30 quilómetros por hora em alguns locais e o georreferenciamento de locais de acidentes recorrentes” são outras medidas que se admitem para cumprir o Plano Nacional de Segurança Rodoviária e voltar a reduzir os números da sinistralidade.
Os números provisórios da Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária apontam que em 2017 morreram 509 pessoas nas estradas portuguesas, 64 óbitos a mais do que em 2016, e os feridos graves aumentaram de 2102 para 2181.
José Artur Neves ressaltou ainda o fato de 54% das mortes terem ocorrido dentro de cidades.
Diário do Transporte