Estratégia para perder até 3 quilos: Trocar o carro pelo ônibus

Pessoas que se deslocam ao trabalho a pé, de bicicleta ou de transporte público são mais magras e têm menos gordura no corpo do que aquelas que vão de carro. A revelação é de um estudo publicado nesta terça-feira no periódico British Medical Journal (BMJ).
Pesquisadores da London School of Hygiene & Tropical Medicine analisaram o índice de massa corpórea (IMC) de mais de 7 400 britânicos. Dos participantes homens, 76% se locomoviam de carro, 10% de transporte público e 15% pedalavam ou caminhavam. Entre as mulheres, 72% dirigiam, 11% usavam o transporte público e 17% iam a pé ou de bicicleta.
Os autores constataram que homens que usavam o transporte público, pedalavam ou iam a pé tinham IMC 1 ponto inferior ao dos participantes que usavam o automóvel, o que significa uma diferença de 3 quilos. Já as mulheres que andavam a pé, de bicicleta ou de transporte público apresentavam um IMC 0,7 ponto interior ao das adeptas do carro, ou 2,5 quilos a menos. O IMC é calculado pela divisão do peso pela altura ao quadrado. Uma pessoa é considerada saudável se seu índice está entre 18,5 e 24,9. Uma taxa inferior a 18,5 aponta que o indivíduo está abaixo do peso. Acima de 25 indica sobrepeso e de 30, obesidade.
O resultado se repetiu na análise da porcentagem de gordura, mesmo depois de levar em conta fatores como idade, doenças, deficiência física, renda mensal, classe social, nível de esforço físico no trabalho e alimentação dos participantes.
Melhor que dieta: De acordo com os pesquisadores, as diferenças de IMC e percentual de gordura são mais significativas do que aquelas promovidas pela “maioria das dietas e programas de atividade física voltados para prevenir o sobrepeso e a obesidade”. Eles esclarecem que, embora o estudo seja grande, mais pesquisas são necessárias para confirmar a relação de causa e efeito. De qualquer maneira, os autores afirmam que adotar o transporte público, caminhar ou pedalar no trajeto de casa ao trabalho “deveria ser considerado como parte da estratégia de combate à obesidade e doenças associadas a ela”.
Fonte: Revista Veja

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