Pouco mais de um mês e meio depois da sua inauguração, os passageiros que desembarcam no Aeroporto Internacional Governador Aluizio Alves, em São Gonçalo do Amarante, ainda continuam com dificuldades no transporte coletivo, que ainda é limitado à operação de duas linhas convencionais de ônibus da empresa Trampolim entre às 4h20 e 23h30. Depois desse horário, os passageiros ficam quatro horas e meia, praticamente, somente com a opção dos 120 táxis credenciados junto ao consórcio Inframérica, que administra o novo aeroporto.
O consórcio já fez uma solicitação ao Departamento Estadual de Estradas de Rodagem (DER-RN) para que autorizasse a operação de duas linhas executivas 24 horas, mas até ontem não havia recebido uma resposta do órgão, segundo a assessoria do Inframérica. A Tribuna do Norte também tentou ouvir o DER, mas até às 20 horas de ontem não conseguiu uma resposta do diretor de Transportes do DER, Iranilson Matos.
Passageiros que desembarcam no terminal, que entrou em operação comercialmente no dia 31 de maio deste ano, e não têm o traslado garantido nos chamados pacotes com destino aos hotéis ou que não fizeram a compra antecipada dos tickets, via online, para o transporte avulso terminam optando pelo chamado ‘transporte clandestino’, cujos veículos não têm autorização para fazer lotação.
Na tarde de ontem, esse serviço não legalizado foi alvo de fiscalização do Departamento Municipal de Trânsito (Demutran) de São Gonçalo do Amarante. O órgão iniciou, por tempo indeterminado, a ‘Operação desembarque’ com três agentes de trânsito, para coibir o transporte ilegal de passageiros pelos chamados “arrastadores”, que buscavam dentro do terminal ou na área de estacionamento eventuais clientes.
O agente de trânsito Carlos Avelino disse que na noite da segunda-feira (14) foi flagrado um transporte escolar fazendo o traslado clandestino de passageiros. O diretor do Demutran, Paulo Roberto de Castro Macedo, confirmou que teve uma reunião ontem à tarde com alguns empresários sobre esse tipo de transporte. Segundo ele, o empresário Francisco Borges, negou que as operadores de viagem venham fazendo esse tipo de transporte ilegal.
“Os passageiros que chegam aqui compram o voucher pela internet ou nas lojas, nossas atividades são corretas”, avisou Borges. O agente de Trânsito Carlos Avelino informou, ainda, que ontem à tarde houve a apreensão apenas de um veículo, porque o motorista não portava a documentação do carro.
Fonte: Tribuna do Norte