CE: CTC negocia dívidas para voltar a operar em Fortaleza

Lá se foram dez anos desde que a Companhia de Transporte Coletivo (CTC), uma das mais importantes da capital cearense na época, atuou no transporte coletivo de Fortaleza pela última vez. Na antiga gestão municipal, os veículos da empresa de ônibus passaram a fazer o transporte escolar municipal, atendendo a mais de 8 mil estudantes por dia. No entanto, em agosto de 2013, o contrato foi encerrado, inutilizando a operação. Agora, com negociações em andamento, a empresa espera sanar as dívidas e voltar a circular.
Para essa possibilidade, segundo explicou o presidente da CTC, Carlos Alberto Alves de Souza, a Prefeitura está procurando negociar as dívidas. Contudo, a frota atual deve ser inutilizada, uma vez que a CTC atuará no sistema de Bus Rapid Transit (BRT), corredores expressos de ônibus para o transporte público em Fortaleza.
“Temos várias premissas, mas a Prefeitura quer que atuemos nos BRTs. Assim, seria reformulada toda a nossa frota. Ficará ao encargo da Prefeitura definir onde atuarão os ônibus da nossa frota atual”, ressaltou.
No pátio da empresa, localizada na Avenida Desembargador Gonzaga, na Cidade dos Funcionários, há um verdadeiro cemitério de ônibus. Atualmente, 137 veículos estão guardados lá, sendo apenas 30 deles com alguma condição de uso.
De acordo com o diretor de operações da CTC, Francisco de Assis Sobreira, o sucateamento dos veículos ocorreu pelo depreciamento e porque a comercialização dos mesmos não é permitida, uma vez que estão atrelados a dívidas da empresa. “Nossos advogados já pediram até substituição de bens, para que pudéssemos vender ou leiloar os carros, mas a Justiça não aceita”, disse. Conforme acrescenta, o pátio da empresa conta com ônibus com até 25 anos no local.
Funcionários: Até agosto de 2013, mais de 300 funcionários compunham o quadro da CTC, entre eles, motoristas, trocadores e empregados em funções administrativas. Com o fim do contrato com a Prefeitura de Fortaleza, os trabalhadores foram transferidos para empresas terceirizadas, que passaram a fazer o transporte escolar na cidade.
Atualmente, apenas 23 pessoas fazem parte do quadro de funcionários da empresa. A maioria delas empregadas em funções de manutenção da sede, como vigias, faxineiros e mecânicos. Além deles, há também pequenas equipes em setores administrativos e judiciais.
A CTC presta, no momento, serviço de manutenção a veículos públicos, como as ambulâncias do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), com uma equipe de três mecânicos. Criada através da Lei Municipal nº 2729, de 1964, e iniciando suas atividades em 1967, a CTC tinha a finalidade de “operacionalizar um sistema de ônibus elétricos e regulamentação de todo o serviço de transportes coletivos do Município”.
Fonte e foto: Diário do Nordeste

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