Interdições no Baldo modificam paradas de ônibus na região

As paradas de ônibus que funcionavam ao redor do Viaduto do Baldo, em sua maioria, foram desativadas na manhã desta quinta-feira (24). Estudantes e frequentadores da região estão com sua rotina alterada, dos cinco ponto de ônibus existentes no local, apenas um ainda está em funcionamento. Pessoas que precisam de itinerários no sentido Centro/zona Leste estão caminhando até a parada intermunicipal na avenida Fonseca e Silva, em frente ao Cemitério do Alecrim.
Os pontos de ônibus das avenidas Cel José Bernardo, Monsenhor Walfredo Gurgel e Deodoro da Fonseca, no sentido Alecrim/Centro, estão desativados. A causa é a interdição de vias realizada pela Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana (Semob) na altura do Viaduto do Baldo.
A mudança causou surpresa aos usuários de transportes públicos. “Não tem ninguém pra informar, os amarelinhos estão do outro lado. Eu subi a pé até aqui, na dúvida se era a parada certa ou não. Dei sorte”, declarou Clóvis Fernandes, 49 anos, ao chegar na parada intermunicipal no Cemitério do Alecrim.
A rua Mermoz se tornou mão única e, desde o dia 24, há uma parada – deslocada da avenida Deodoro da Fonseca – e um semáforo. A parada de ônibus no fim da via, em frente a sede da Cosern, foi transferida para a avenida Governador Rafael Fernandes, esquina com a rua da Misericórdia. 
Mudanças no trânsito: Desde o dia 23, os motoristas que trafegam entre o Alecrim e o centro de Natal, através das avenidas Rio Branco e Deodoro da Fonseca, estão obrigados a tomar rumos alternativos. O bloqueio das vias que cruzam o viaduto do Baldo fez com que a Semob definisse desvios para os motoristas.
Os motoristas de carros e ônibus que trafegavam pela avenida Coronel Estevam (sentido centro) e seguiam para Rio Branco, agora precisam realizar o contorno pela praça Almirante Marquês de Tamandaré, seguindo pela rua Ernani da Silveira até o acesso à avenida Governador Juvenal Lamartine, onde é possível chegar à rua Mermoz e, em seguida, à Deodoro da Fonseca e Rio Branco.
Para os motoristas que seguem no sentido Alecrim através da Deodoro, é necessário seguir pela rua Mermoz até avenida Governador Rafael Fernandes, de onde é possível chegar até a Rua Fonseca e Silva, na altura do cemitério do Alecrim.
A caríssima interdição no Baldo: “Metade do dia perdido”. Essa foi a reclamação mais frequente dos motoristas que trafegavam – ou tentavam trafegar – no trecho que compreende a ligação entre o Alecrim e a Cidade Alta, após a interdição nas vias que passam por baixo do Viaduto do Baldo. Motoristas de ônibus sofriam mais ainda, com ruas estreitas e paradas improvisadas para cumprir. As viagens ficaram mais longas e demoradas e os custos extras das empresas, de acordo com o Seturn, podem ultrapassar R$ 185 mil em um mês. Em meio ao caos instalado, a Prefeitura antecipou o início do escoramento do canal para hoje e espera, com essa medida, convencer a juíza Francimar Dias de Araújo Silva a suspender a interdição.
Desde o fim da manhã de quarta-feira, o movimento observado entre a Avenida Coronel Estevam (antiga Av. 09) e as proximidades da estrutura desativada por decisão judicial era bastante confuso. Conforme explicou o chefe do setor de inspeção da Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana (Semob), Carlos Eugênio Oliveira, a razão pela qual o maior impacto da interrupção no tráfego recai sobre a Avenida 09 no sentido centro é o fato de que se trata de uma via de três faixas, que vai sendo reduzida ao longo do percurso, primeiro para duas e, por fim, estrangulando para apenas uma na entrada da Rua Ernani da Silveira, por onde é feito o desvio.
“Esse cenário dificulta demais a circulação dos veículos e causa um transtorno enorme à população em geral. Solicitamos que os condutores de veículos, especialmente os de passeio, busquem itinerários alternativos, ruas menores, para tentar desafogar um pouco a movimentação pelos corredores principais, que estão absolutamente comprometidos”, atestou.
Enquanto os motoristas que precisavam sair do Alecrim em direção ao Centro lutavam contra um fluxo que, literalmente, se arrastava a cada centímetro da pista, a movimentação para quem percorria o sentido contrário era tranquila, já que o trânsito pela Avenida Deodoro da Fonseca ainda estava liberado, o que mudou no dia 25.
“A determinação da magistrada solicita o fechamento das Avenidas que cruzam o viaduto por baixo. A Deodoro ainda está com tráfego, pois a secretaria foi pega de surpresa pela decisão judicial. No dia 25, porém, as adaptações já estarão totalmente concluídas e o trânsito sob o viaduto do Baldo completamente interrompido”, complementou o inspetor.
Com relação à demora no cumprimento da determinação judicial o representante da Semob argumentou que a secretaria recebeu o aviso no final do expediente da última quinta-feira, véspera do feriadão, inviabilizando a conclusão de todas as mudanças de sentido nas ruas e a instalação das sinalizações necessárias em tempo hábil. As adaptações conduzidas pela pasta de Mobilidade Urbana da capital potiguar são, de fato, numerosas, e vão desde a realocação de alguns pontos de ônibus, como o que ficava localizado em frente à sede da Companhia Elétrica do Rio Grande do Norte (Cosern), passando por algumas inversões de sentido em ruas e Avenidas do entorno do Baldo e ajustes na cobertura asfáltica dos trechos em questão.
Imagens: Tribuna do Norte
Com informações: Tribuna do Norte e Novo Jornal

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