Semob planeja novos traçados para itinerário de ônibus e carros

Com a iminência da interdição das avenidas Rio Branco e Deodoro da Fonseca, novos traçados para o itinerário dos transportes coletivos e carros particulares  são planejados. É uma solução paliativa, e não garante o não comprometimento do fluxo de trânsito no local. “Naquela região não existe solução viável. A interdição destas vias, comparado ao corpo humano, é como cortar a veia aorta. Não existe solução boa, tem a mais viável”, analisa Moacir Guilhermino, especialista em transportes do Departamento de Engenharia da UFRN.

O trecho alternativo do sentido Alecrim – Cidade Alta é o mais complicado. O plano é que ao descer à região do Baldo pela avenida Coronel Estevam, os coletivos desviem pela rua Meira e Sá  – em frente a Praça Tamandaré –, seguindo pela rua Olinto Meira. Até essa parte do percurso há  ônibus da região Oeste que percorrem este traçado, vias estreitas de apenas duas faixas, como também é intenso o fluxo de carros objetivando seguir para a Av. Deodoro da Fonseca, mesmo fora de horário de pico.

A complexidade vem mais adiante. Para não trafegar por baixo do viaduto do Baldo, o desvio seguirá para a rua Ernani Silveira, paralela ao viaduto. Apesar da baixa frequência de carros, não há sinalização e a via é estreita – duas faixas -, e ainda usada em mão dupla. Fora o viaduto, no lado contrário há casas que utilizam o espaço da rua para estacionamento.

O trecho já é preocupação para o secretário adjunto Walter Pedro. “Vamos verificar se o calçamento sustenta o peso dos veículos em grande fluxo”, relata. Mas, na sequência a situação ainda se complica pela demanda de manobras. O condutor deverá retornar na Av. Juvenal Lamartine, para seguir pela rua Mormoz e enfim chegar à av. Rio Branco. “Iremos quebrar o canteiro central da Rio Branco para poderem seguir o itinerário”.

No trecho oposto, sentido Cidade Alta – Alecrim, será reativado o percurso utilizado até o ano de 1984, onde após a parada da metropolitana os ônibus seguem pela rua Padre Pinto, e depois pela av. Gov. Rafael Fernandes, chegando ao bairro do Alecrim e seguindo itinerário normal pela Av. Fonseca e Silva. Esse desvio se mostra mais tranquilo para os condutores já que as vias são largas e com pouco fluxo de automóveis.

Quanto ao plano geral, o secretario admite a complexidade. “A alternativa dos ônibus não é muito boa, as ruas são estreitas, mas é a mais recomendada para não sair muito do itinerário”, diz se baseando no fato de existirem 27 linhas que trafegam no trecho a ser interditado, realizando cerca de 1.600 viagens, além dos mais de 20 mil veículos. “Serão 800 metros de desvio que pode pode acarretar maior tempo de viagem aos coletivos e aumento de custo para as empresas de transporte”  prevê o secretário, acrescentando que serão 1.280 km diários a mais para os coletivos.

Ele informa também que os carros não serão impedidos de seguirem o itinerário alternativo dos ônibus, mas serão orientados a tomar outras ruas. Conforme o secretário, para quem vem do Alecrim, o ideal será pegar a Av. Alexandrino de Alencar, indo depois pela rua Régulo Tinoco e depois para rua José de Alencar, e assim ter acesso ao centro da Cidade. Já quem estiver de saída do Centro, será orientado seguir pelas ruas Jundiaí ou Apodi.

Quanto a obras nos trajetos, não há nada previsto. “Neste primeiro momento vamos ficar monitorando para ver os ajustes necessários. Poderão ser retirados estacionamentos ou acabar com a mão dupla”. Quanto as pontos de ônibus não haverá deslocamento, os transportes deverão parar apenas na Cidade Alta e no Alecrim.

Foto: Adriano Abreu (Tribuna do Norte)

Fonte: Tribuna do Norte