A licitação do sistema de transporte público tinha tudo para ser a primeira a ser analisada neste ano. O prefeito Carlos Eduardo Alves inclusive chegou a ingressar na Casa no ano passado durante o processo de transição e tramitar nas comissões, mas uma decisão judicial suspendeu todo o processo em outubro do ano passado por suspeita de irregularidades na elaboração da concorrência pública nacional.
Até então, o sistema a ser licitado estava praticamente pronto. O Município iria licitar os lotes das linhas de ônibus convencionais e também do sistema opcional, composto de micro-ônibus. Segundo a SEMOB, os opcionais deveriam ficar com o transporte nas periferias e entre bairros, enquanto que os ônibus seriam responsáveis pelo transporte nos principais corredores da cidade. Essa configuração, contudo, deve ser mantida no novo projeto.
De acordo com a secretária de Mobilidade Urbana, Elequicina Santos, uma comissão foi criada para analisar todo o processo, incluindo a intervenção judicial. A proposta, explicou, é saber o que exatamente pode ser reaproveitado do projeto elaborado na gestão Micarla de Sousa e o que decididamente é descartável ou que esteja com vícios. “Vamos ter que analisar o processo como todo. As coisas que aconteceram nos obrigaram a fazer diagnóstico. Então, temos que partir de uma nova concepção”, observou a titular da Semob.
Ela garante, em que pesem as dúvidas, que ainda neste ano o projeto será apreciado pela Câmara. “Com certeza sim, porque o prefeito quer fazer essa licitação ainda esse ano”, garantiu.
Pelo projeto original, as empresas de ônibus que ganharem o processo licitatório teriam que investir, de imediato, mais de R$ 150 milhões para aquisição de equipamentos de sistema de bilhetagem, veículos novos e investimentos em tecnologia. As empresas teriam ainda que equipar os veículos com câmeras de segurança, sistema de recepção de sinal GPS e, em alguns linhas, sistema de som interno para anúncio de próxima parada.
Com informações: Novo Jornal