Garagem.com: O efeito 2012

Apesar dos pesares e dos indícios, o mundo não se acabou em 2012 – felizmente! Indícios também no setor de transportes – não só local, mas também regional – que surgiram tanto pelas surpresas que todos os anos nos proporcionam, como também pelos velhos fatos e problemas que ainda perduram. Entre essas questões que perduram – e que foram amplamente aqui expostas – estão os vários problemas que assolam o setor de transporte e trânsito na capital (principalmente o que nem se quer saiu do papel, como as obras de mobilidade urbana e a tão falada licitação de transportes municipal).

Assim, uma questão, tão importante quanto qualquer outra coisa que possa ser exposta, é o desgaste do sistema rodoviário do Estado. Não tem cabimento encerrarmos mais um ano fazendo um balanço deste e vermos uma situação tão semelhante – pior em partes! – que vários anos passados. Espero muito estar errado, mas pelo andar da carruagem, encerraremos também o próximo ano discutindo este mesmo problema: um transporte de pouquíssima dignidade aos usuários; ônibus velhos, com manutenção difícil e tudo motivado pelos inúmeros clandestinos – e falta de fiscalização – no Rio Grande do Norte. Que 2013 seja de solução, de ajustes e que possa beneficiar a todos!

Pois bem! Sinceramente, acho que o ano não foi tão surpreendente quanto poderia ter sido. Houve certo receio com a licitação que inibiu grandes mudanças ou grandes avanços por parte das empresas, atrelado, principalmente a questão da defasagem da tarifa. Acho até que isso tudo provocou um efeito negativo no sistema: não tivemos grandes renovações com ônibus zero quilômetro nas empresas – salvo pela necessidade da Guanabara em comprar seus 60 novos veículos no início do ano; novos modelos de ônibus chegaram de maneira extremamente reduzida a Natal; e a nova resolução de motores, o Euro V – incluindo novos modelos, como o lançado pela VOLVO – se quer ainda chegou a Natal.

Mas o ano foi de surpresas no nível operacional do sistema – apesar de mais um pesar: a contínua falta de integração de Natal com as áreas conurbadas e municípios da região metropolitana. E classifico, sem sombra de dúvidas, como a maior surpresa no nível local, a oficialização do consórcio entre Guanabara, Santa Maria e Reunidas. Não por ser um consórcio como qualquer outro – que já tenha existido em Natal ou que ainda venha existir – mas sim pelas empresas que a integram. Já classifiquei em uma atualização desde portal, o consórcio como um apaziguador consórcio, por agrupar históricas arcos-rivais – se é que assim podem ser consideradas! Nos faz refletir, sobretudo, sobre a vida; o famoso ‘um dia após o outro!’.

E no ponto de vista pessoal, algo que me surpreendeu – não a nível local; o nosso ano foi fraco, como já coloquei – mas sim a nível regional, foi uma renovação de frota da empresa pernambucana TBS, pertencente ao Grupo A. Cândido. No chassi, nenhuma novidade: Mercedes-Benz. Mas a carroceria escolhida foi a Comil, com o modelo rodoviário Campione. Surpresa por ser uma empresa fiel à Marcopolo – com deslizes, no máximo, para compra com a Caio, Busscar ou Neobus. Comil, assim, sem mais nem menos… Me surpreendeu! Por que não esperar uma renovação assim também para o urbano? Por que não?

E o que esperar de 2013?

Sou sincero em expor que não espero nada além do básico. E o básico é o que já citei ou fiz referência neste texto, além de todos os outros textos do ano – licitação, obras de mobilidade, integração com a região metropolitana; fatores que são, de certa maneira, a contra partida para um transporte local melhor – encaixado a isso, o retorno da operação das linhas da Riograndense na capital; dignidade do transporte! E que as empresas que avançaram ao longo do ano, deram passos que demonstraram avanços, possam ir ainda mais além nesse novo ano. É o caso, principalmente, da Trampolim da Vitória, Cidade das Dunas/Cidade do Natal, Conceição e Guanabara. 2013 deverá ser um bom ano – e resta as empresas saberem aproveitar!

No mais, desejo a todos um excelente ano novo! Que tantas possibilidades agradáveis acompanhem vocês, caros leitores, em 2013! Até o novo ano!

Para ganhar um ano-novo que mereça este nome, você, meu caro, tem de merecê-lo, tem de fazê-lo de novo! Eu sei que não é fácil, mas tente, experimente, consciente. É dentro de você que o Ano Novo cochila e espera desde sempre.

Carlos Drummond de Andrade

Thiago Martins
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