Apesar da Gerência Executiva de Trânsito (GETRAN) ter entrado em acordo com empresas de ônibus da cidade para ampliar as linhas para atender os moradores do Conjunto Américo Simonetti, existem bairros que ainda sofrem com a falta desse serviço. Uma dessas regiões é o Alto da Pelonha, próximo a área do Vingt Rosado. De acordo com moradores, entre outros problemas, como falta de escolas e creches, o bairro também não tem uma rede de transportes para auxiliar os habitantes em suas atividades diárias.
Segundo o morador Cristiano da Silva, as pessoas que precisam ter acesso ao transporte público devem caminhar cerca de um quilômetro para poder pegar um ônibus. “O Alto da Pelonha é uma área que vem crescendo rapidamente, no entanto, a estrutura física para dar suporte aos moradores não vem seguindo o mesmo ritmo. O bairro tem apenas uma escola para atender estadual para atender a todas as crianças e adolescentes, e a mesma não suporta a demanda que existe. Desta forma, os jovens devem se dirigir a outras áreas para estudar. No entanto, não tem acesso aos meios de transporte público para chegar ao colégio”, complementa o morador.
O gerente de trânsito, Jaime Balderrama, afirma que foi realizado um estudo no bairro em questão e disse que no momento é inviável disponibilizar linhas de ônibus para a localidade. “Atualmente a área abriga cerca de 802 famílias, entretanto estas se encontram muito dispersas pela região e o número de pessoas que usam o sistema de transporte ainda é pequeno. Sendo assim, os ônibus teriam que aumentar seus percursos para deslocar poucos passageiros. Para compensar os gastos acarretados pela medida, as empresas de transporte teriam que aumentar o preço da tarifa cobrada, prejudicando a população”, explica o gerente.
Outro motivo apontado que dificulta o acesso da comunidade aos ônibus é a infraestrutura do bairro, que não permite a movimentação dos ônibus. De acordo com Balderrama, as ruas do Alto da Pelonha não são calçadas, dificultando o acesso dos ônibus á região e durante os períodos chuvosos é impossível qualquer veículo se deslocar pela área.
“Caso a população esteja se sentindo prejudicada, eles podem se dirigir até a Getran e buscaremos juntos uma solução para o problema. Diante do quadro exposto, podemos de antemão realizar outro estudo na área, buscar alternativas junto as empresas de transporte para desenvolver medidas que beneficiem ambas as partes, isto é passageiros e transportadoras, sem gerar qualquer prejuízo para elas, como por exemplo, solicitar uma linha especial, criar horários especiais ou percursos mais curtos, explica o gerente de trânsito.
Além do problema relacionado ao transporte público, os moradores do Alto da Pelonha sofrem com a falta de melhorias oferecidas à população, tais como a criação de escolas e creches para a demanda crescente de crianças e adolescentes, as ruas não são asfaltadas dificultando a passagem de veículos e a falta de gentes de saúde e endemias, para orientar os habitantes sobre medidas preventivas para evitar doenças , entre outros transtornos.
Fonte: O Mossoroense