Tudo bem, a lotação dos veículos é um fato consumado, que podemos discutir em outra postagem. Mas, uma situação corriqueira em várias linhas e ônibus de configurações diferenciadas chega a ser perigoso e desnecessário: a acomodação de passageiros nas portas.
Sempre acontece isso em linhas de alta demanda. Pessoas que pegam o ônibus em locais de grande movimento e só vão descer próximo de um terminal ou locais distantes de grandes movimentações ficam na porta dos veículos, impedindo a passagem dos passageiros que estão entrando ou saindo do transporte. A situação piora quando a porta de desembarque fica no meio do ônibus: todo o movimento fica num espaço reduzido entre as duas portas, ficando metade do ônibus com espaço suficiente para levar a todos com uma acomodação melhor – quando é possível.
Não se entende o porquê desse comportamento, que é observado em todos os grandes centros. Seria o receio de passar do ponto de desembarque? Haja prevenção! Todo o lugar que se anda Brasil afora, o passageiro do ônibus tem esse comportamento.
Mas, uma coisa é certa: o passageiro gosta de ser prático. Assim, deixa de ficar numa situação cômoda em um veículo lotado para ir se espremendo, correndo riscos de acidente dentro do ônibus, para poder ficar perto da porta e ter um desembarque mais rápido.
É preciso que aqueles que andam de ônibus tenham a consciência de que esse tipo de atitude, em vez de adiantar o que você poderá fazer, vai atrasar mais ainda seu trajeto. Isso porque, com muitas pessoas na porta, sem dar espaço para o embarque ou desembarque, o motorista não se sentirá seguro de trafegar com pessoas correndo risco de acidentes por conta de comodismo e preguiça de se locomover dentro de um ônibus lotado. O individualismo de quem pratica essa atitude só faz com que o “transporte coletivo” piore cada vez mais.
E, seguramente, com a diminuição dessa, e de outras atitudes, devagar mesmo, vamos melhorar o sistema de transporte público. Com menos gente nas portas, mais rápidas as viagens ficarão e seu compromisso não será atrasado. Pense nisso!