Os usuários do Programa de Acessibilidade Especial (PRAE), ação da Prefeitura do Natal que objetiva transportar pessoas com dificuldade de locomoção da porta de sua casa até locais de tratamentos e centros de educação, estão sem transporte desde de segunda-feira, 2. Com a interrupção do programa, crianças, jovens, adultos e idosos com problemas de locomoção estão impedidos de frequentar sessões de fisioterapia, escolas e atendimento médico. Na tarde ontem, um grupo de mães e usuários do serviço fizeram um protesto apelando à prefeitura que retome o serviço de transporte imediatamente, uma vez que muitos não têm condições financeiras que permitam a condução dos beneficiados pelo programa.
De acordo com a coordenadora administrativa da Associação de Paralisia Cerebral, Benélia Santos, o serviço foi interrompido sem aviso prévio e prejudicou cerca de 400 pessoas. Considerando a situação crítica em que todos os usuários se encontram, Benélia, em conjunto com mães de favorecidos e também alguns usuários das conduções, entraram em contato com o Ministério Público, Prefeitura e imprensa para tentar encontrar uma solução ao problema.
Negligência: “Já entramos em contato com a Secretária Geral da República e eles nos disseram que, assim que entregássemos um ofício à prefeitura, eles dariam uma advertência pedindo o retorno do serviço e alegando que essa situação (de falta de transporte) é uma negligência grave”, disse a coordenadora. Urbileide Varela tem um filho com necessidades de tratamento contínuo e precisa, quase que diariamente, do ônibus para levá-lo à Associação de Orientação aos Deficientes (Adote), para fazer tratamentos de fisioterapia, fonoaudiologia e respiratório.
Fonte: Diário de Natal